9,1% dos consumidores não têm TV, telefone ou internet em casa.
Uma pesquisa realizada pelo SIPS (Sistema de Indicadores de Percepção Social), do IPEA, em 3.810 domicílios do Brasil mostrou que 54% dos entrevistados ainda não têm computador, e dos que têm, boa parte prefere a internet ao telefone fixo e TV. No caso da telefonia fixa, mais da metade (59%) dos entrevistados disseram que o serviço móvel atende as necessidades de comunicação por voz.
Vendas de PCs caíram 9% em dezembro
No ano passado, uma pesquisa apresentada pelo CGI.br mostrou que 46% dos domicílios brasileiros tinham computador. A pesquisa do IPEA apresentou aumento na quantidade de domicílios com acesso ao dispositivo, o número saltou para 48,1% – e enquanto a pesquisa do CGI.br foi realizada no quarto trimestre de 2012, o atual levantamento foi feito em junho de 2013.
Nas regiões Sul e Sudeste pouco mais de 50% das residências têm computador, 53,5% no Sul e 54,6% no Sudeste. No Norte e Nordeste, mais de 60% das pessoas não têm acesso ao equipamento (64,7% no Norte, e 60% no Nordeste).
Nas residências sem PCs, 34% pagariam entre R$ 300 e R$ 800 pelo equipamento, mas 29,3% não concordam em pagar para ter o dispositivo em casa.
Telecom
Um dado curioso da pesquisa é que, embora os pacotes combo tenham ganhado um espaço relevante no mercado, entre os entrevistados, mais de 70% preferem pagar separadamente pelos serviço. Enquanto 19,7% têm o ‘pacote completo’, 9,1% não têm TV paga, telefone ou internet em casa.
Dos 70% que pagam por pacotes, 30,1% optam apenas por telefone fixo e banda larga; 13,8% têm os famosos triple play, e 14,8% preferem apenas a TV por assinatura e Internet fixa. O valor dos pacotes contratados varia entre R$ 71 e R$ 150. Apenas 23,2% dos entrevistados pagam mais de R$ 150.
A banda larga também superou a telefonia fixa, enquanto no passado as pessoas tinham telefone em casa e não internet, porque o serviço era caro, hoje, 91,2% têm internet e 80% telefone – o que pode ser justificado pela popularização dos serviços móveis, pois 59% dos entrevistados responderam que o celular substitui a linha fixa, enquanto 20,2% disseram que não tem condições de pagar, e 18,2% afirmaram não ter necessidade ou interesse.
Dos 54,4% domicílios com telefonia fixa no Brasil, 47,8% são atendidos pela Oi, e 21% pela Telefônica, que tem forte atuação em São Paulo. A Embratel/Net tem 11,2% do mercado, e a GVT 5,7%. Para 19,3% o serviço fixo tem ótima qualidade; e 72,9% dos domicílios consideram os serviços prestados bons.
Enquanto 90,5% dos entrevistados têm acesso a TV aberta, 26,6% usam a TV paga. A região Sudeste tem densidade maior, com 41,5% dos domicílios com acesso ao serviço; no Sul e Centro-Oeste, cerca de 22%; no Norte e Nordeste a densidade é de 14% e 12,3%, respectivamente.
“Esse cenário de utilização da TV por assinatura ainda reflete o marco regulatório anterior, que era muito restrito. O novo marco ainda não produziu todos os efeitos. Possivelmente, a densidade da TV por assintura apresentará valores superiores em todas as regiões”, diz o estudo.
O grupo NET/Embratel tem 41,6% de market share; a SKY, 29,7%; a Oi tem 6%; a Telefônica, 5,4% e a GVT 5,5%, essas últimas empresas passaram a ofertar após o SeAC. Os valores pagos pelo serviço variam de R$ 71 a R$ 100, apenas 22,3% pagam um valor superior a isso e 87,1% mostraram uma percepção positiva quanto à qualidade do serviço.