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5G vai fazer com que realidade virtual não traga mal-estar a usuários

Latência de rede faz com que a interação com soluções VR seja prejudicada e traz má sensação ao usuário. Qualcomm trabalha com opções para melhorar a experiência.

Se você já teve a oportunidade de brincar com algum dispositivo de realidade virtual (VR), talvez tenha sentido mal-estar ao se movimentar durante o uso da aplicação. A causa é a latência da rede (atraso no envio de dados entre um ponto e outro) a qual está conectado o dispositivo, que, se exceder 50 milissegundos, pode ocasionar movimentos e interações desorientadas, dando náuseas no usuário.

Para se ter uma ideia, a rede LTE atual, se bem implantada, consegue produzir 35 milissegundos de latência entre dispositivo e torre, de acordo com Peter Carson, diretor sênior de marketing da Qualcomm. “Se o usuário estiver acessando um conteúdo fornecido na nuvem, entre outros fatores, o atraso sobe”, diz. Com o desenvolvimento do 5G, a latência da rede seria reduzida, garantindo a melhor experiência VR possível.

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“Quando o 5G aparecer, isso vai causar, acreditamos, uma mudança na forma como as pessoas veem a vantagem da rede”, diz. Os estudos da Qualcomm mostram que a onda milimétrica produzirá latência de 3 milissegundos em boas condições. “E quando o 5G evoluir, você vai conseguir latências menores que milissegundos”, comenta o executivo, esclarecendo que isso está mais longe de acontecer.

Mas enquanto o 5G ainda não fica pronto, a Qualcomm vem trabalhando com outras tecnologias para melhorar a experiência. Engenheiros da empresa surgiram com a ideia de usar um ponto de acesso 802.11ad em onda milimétrica para diminuir a latência e fazer como se a camada de rádio não existisse. Os técnicos também estão mexendo nos dispositivos VR, para corrigir erros e diminuir os atrasos de recebimento.

O resultado final, segundo Carson, é uma renderização de quadros que traz melhor experiência VR que alguém pode ter em um notebook hoje, só que em um smartphone. O dispositivo, aliás, era um aparelho com processador Snapdragon 835, não sendo o mais avançado da tecnologia produzida pela Qualcomm.

A Qualcomm está apresentando a tecnologia para operadoras e fabricantes de smartphones, mas não há previsão de aparelhos comercialmente disponíveis. A intenção é procurar casos que alavanquem o uso do 5G. Ainda de acordo com Carson, a tecnologia é aplicável a realidade aumentada (AR), mas a Qualcomm está mostrando a aplicação na VR, por enquanto.

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