Tendência ao modelo BYOD é um movimento sem retorno, segundo levantamento da AirTight.
A AirTight, empresa especializada em soluções de segurança para ambientes Wi-Fi, divulgou os resultados de um estudo realizado junto a profissionais das áreas TI e Segurança de Redes, com o objetivo de avaliar novas tendências de tecnologia e as ameaças emergentes que tais tendências podem acarretar para a segurança de suas redes.
Sob o título ‘Qual é a sua relação com BYOD?)’ o estudo avaliou as opiniões destes profissionais sobre o quão difundido está à tendência de emprego do modelo BYOD (Bring your Own Device) nas empresas. O levantamento aborda também a atitude das empresas em relação ao hábito ou interesse dos funcionários em trazer seus próprios dispositivos pessoais para a rede, bem como os fatores ligados à gestão e segurança em torno destas questões.
De acordo com Fernando Neves, presidente da AirTight no Brasil, o modelo BYOD avança de forma inexorável, devido à enorme disseminação dos dispositivos móveis e também em função da necessidade de agilidade nos serviços de acesso e transações de dados nos ambientes corporativos. “O problema é que a segurança em ambientes WiFi ainda é o calcanhar de Aquiles das redes ligadas a negócios. Resolver e equacionar a questão da segurança é a condição básica para o amadurecimento do modelo BYOD”, completa Neves.
De acordo com o estudo, 61% dos entrevistados veem a tendência BYOD como uma oportunidade de redução de custos com TI e aumento da eficiência. Mas o modelo é visto, ao mesmo tempo, como uma forte ameaça à segurança das empresas. Quando questionados sobre o quão difundido é o uso de dispositivos externos dentro das empresas, mais de 86% dos entrevistados garantiram que já utilizam o modelo e apenas 11% afirmaram que não permitem dispositivos pessoais.
O levantamento foi realizado sobre pesquisas de campo levadas a termo pela Anavade, uma empresa provedora de serviços gerenciados e solução de tecnologia para negócios. Outro dado apurado é que 60% das empresas estão adaptando suas infraestruturas de TI para acomodar os dispositivos pessoais de seus funcionários ao invés de restringir o uso.
“A partir das respostas obtidas, fica patente que a maioria das organizações está percebendo que impedir que os colaboradores tragam seus próprios dispositivos é uma batalha perdida,” afirma Pravin Bhagwat, CTO da AirTight.
No Brasil
A Airtight está conduzindo pesquisa semelhante no mercado brasileiro e os primeiros resultados demonstram que ainda há muito a aprimorar em termos de segurança. Para Neves, o Brasil se caracteriza pela forte abundância de “talentos” para a perpetração de ataques associada a uma grande facilidade de acesso a dispositivos para este fim. “A boa notícia é que diversas empresas vem investindo na segurança de suas redes sem fio e implementando sistemas de detecção e prevenção de ataques”, assinala Neves.
Em sua avaliação, o momento atual no Brasil é de consolidação das redes sem fio, agora com a criação das redes BYOD “oficiais”, ou seja: dotadas de segurança e controle específicos para este modelo. “Este movimento de ‘oficialização’ é que tornará natural o próximo passo a ser dado pelas redes brasileiras, que é a expansão dos serviços associados à conexão de dispositivos pessoais dos usuários, funcionários e clientes”, concluiu Neves.