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68% das empresas brasileiras ainda estão se adaptando à LGPD, afirma IDC

De acordo com dados da IDC, 68% das empresas brasileiras ainda estão se adaptando à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Para Luciano Ramos, gerente de Pesquisa e Consultoria da IDC Brasil, o dado é preocupante devido à migração de dados confidenciais para a nuvem, um movimento de 76% das empresas brasileiras.

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O executivo, que participou de um webinar realizado hoje (7/10), lembra que um terço das empresas brasileiras não tem clareza sobre como a nuvem pode impactar sua postura de segurança. Por isso, Ramos considera que a cloud vai obrigar uma postura diferente em relação à segurança e que será preciso adotar mais soluções, incluindo inteligência de ameaças, para contrabalancear as brechas que podem surgir. 

O ponto positivo é que 44% das empresas aumentaram seus investimentos em privacidade em 2021, além de 39% considerarem que estão cada vez mais expostas a ataques sofisticados, o que mostra uma maior maturidade. Outro ponto interessante é que um terço delas consideram documentar os procedimentos sobre os dados confidenciais, um gargalo da segurança que também está mudando por causa da LGPD. 

Investimentos em nuvem devem aumentar

As pesquisas da IDC ainda apontam que 40% das empresas consideram aumentar consumo de serviços em nuvem, com 30% delas focadas na implementação de ferramentas para gestão de privacidade. Metade das empresas no Brasil consideram que garantir serviços e experiências digitais é mais importante para os próximos cinco anos, o que explica o movimento para a nuvem. No entanto, o legado de TI surge como um inibidor para 29% das empresas que querem continuar se transformando. 

Confiança digital

Ramos também aproveitou para explicar a importância da confiança digital, uma condição que permite tomar decisões entre duas ou mais entidades baseadas em níveis quantificáveis de reputação e risco. A intenção é estabelecer um nível de segurança no relacionamento entre parceiros. 

Para isso, o gerente da IDC usa uma pirâmide, que tem como base o risco ao negócio. Em sequência, no “segundo andar”, está a conformidade com normas de mercado, como a LGPD, e a segurança. A camada seguinte é dedicada à visão de privacidade e responsabilidade ética da empresa com a qual está se relacionando. O topo, então, é a confiança na parceria. 

“A confiança é uma forma de maximizar lucros diminuindo riscos à reputação”, afirma Ramos. 

 

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