Inadimplência das empresas também começa a exibir sinais de esgotamento.
Dado que, pela sua metodologia de construção, o indicador tem a propriedade de antever os movimentos cíclicos da inadimplência com seis meses de antecedência, o recuo em julho aponta que a atual trajetória de elevação da inadimplência do consumidor será revertida, podendo iniciar um movimento de recuo por volta do final deste ano.
A diminuição do ritmo da inflação comparativamente aos meses iniciais de 2011, a rodada de negociações salariais de importantes categorias profissionais neste segundo semestre, o patamar baixo, em termos históricos, do desemprego e o crescimento mais moderado do endividamento dos consumidores figuram entre os fatores que proporcionarão tal reversão da atual trajetória de alta da inadimplência do consumidor.
Somando-se a isso, a inauguração de um novo ciclo de queda da taxa básica de juros (taxa Selic) também exercerá efeitos benéficos sobre a inadimplência do consumidor por reduzir, ainda que a médio prazo, o custo das dívidas, observam os economistas da Serasa Experian.
Empresas
O Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência das Empresas cresceu 0,8% em julho de 2011, o nono crescimento mensal consecutivo, atingindo o nível de 100,9.
Apesar do crescimento, esta foi a menor alta do indicador em oito meses, sinalizando que o crescimento da inadimplência das empresas, a exemplo do que ocorreu com a dos consumidores há alguns meses, também começa a vislumbrar algum esgotamento.
A redução da taxa Selic, determinada pelo Banco Central ao final de agosto, bem como a sua provável continuidade, amenizarão o processo de desaceleração da economia brasileira além de promover um barateamento do custo do capital para as empresas. Conforme análise dos economistas das Serasa Experian, isto contribuirá para o encerramento, no médio prazo, do atual ciclo de elevação da inadimplência das empresas.