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Associação Brasileira de Internet Industrial traz autoridade internacional para conferência

Richard Soley, presidente do Consórcio de Internet Industrial dos EUA, participa de evento na próxima semana.

José Rizzo, presidente da Associação Brasileira de Internet Industrial (foto: divulgação ABII).

Nos dias 10 e 11 de maio, a cidade de Joinville (SC) será palco da I Conferência Internacional da Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII), evento que discutirá a transformação digital nas empresas e o papel da Internet Industrial (II). Entre os convidados, está Richard Soley, presidente do Consórcio de Internet Industrial (IIC, na sigla em inglês), entidade norte-americana e referência em II. Ele palestrará sobre a história do IIC já no primeiro dia do evento.

Conforme explica o presidente da ABII, José Rizzo, a Internet Industrial, também conhecida como Internet Industrial das Coisas (IIoT) é formada por três itens: máquinas conectadas à rede, ou seja, os sensores em bombas e equipamentos que produzem dados; softwares de análise para transformar esses dados em informações; e pessoas para geirir esses processos e tomar decisões. “A diferença entre a Internet das Coisas (IoT) e a Industrial é seu uso nas diversas indústrias e corporações, enquanto a IoT pode ser categorizada mais para o consumidor final”, explica.

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Este é o primeiro evento aberto que a ABII realiza. Lançada em agosto de 2016, a associação realiza eventos trimestrais entre seus membros sendo o primeiro realizado em abril de 2017, em São Caetano do Sul (SP). Hoje com 20 associados, entre eles a Embraco, a TOTVS e a Fiesc, a entidade segue os moldes do IIC e atua como fomentadora da Internet Industrial no meio privado e público.

Rizzo explica que há três anos, quando o IIC foi fundado, havia apenas uma empresa brasileira participante, a Pollux, especializada em soluções de automação e robótica que conta com o próprio José Rizzo como presidente. “O Brasil estava ficando de fora do movimento de II e fundamos a ABII para preencher o vácuo”, afirma. “Nosso papel, assim como o do IIC, é acelerar a adoção da II nas indústrias.”

Para isso, a entidade montou grupos de trabalho (GT) com voluntários indicados pelas empresas associadas. O GT de Tecnologia, por exemplo, começou um trabalho para entender a arquitetura padrão de conectividade estipulada pelo IIC e vai adaptá-la para a realidade das indústrias brasileiras.

Outros dois grupos foram formados. O GT de Negócios fará uma pesquisa com 100 empresas para descobrir como o mercado nacional enxerga a Internet Industrial, enquanto o GT de marketing cuidará da divulgação da ABII, fomentando informações sobre a associação e a II.

Novos GTs devem ser formados nos próximos encontros, como o de Segurança, de Educação e Recursos Humanos, que ajudará as instituições de ensino a montar a grade de estudos já pensando na II, e o de Testes, que vai viabilizar os testes com a tecnologia. Em cada nova edição dos encontros nacionais, os GTs deverão apresentar as conclusões a que chegaram em suas respectivas iniciativas.

Brasil não é o único com problemas para implantar a II

Segundo Rizzo, a velocidade de adoção da Internet Industrial no Brasil está mais lenta que no resto do mundo, mas ainda há desafios que os demais países devem enfrentar. A percepção da segurança é um deles, já que as empresas se sentem inseguras sobre a privacidade e a segurança de seus dados industriais circulando diretamente na rede. A convergência para um número menor de padrões de conectividade, a interoperabilidade, também tem que ser alcançada para que a II se popularize, afirma o presidente da ABII. Mão de obra especializada em dados e engenharia industrial também é um desafio, tanto para os países desenvolvidos, como Estados Unidos e Alemanha, como o Brasil.

O País ainda deve enfrentar a crise, que tira a atenção das empresas e a colocam em estado de preocupação em manter seu negócio funcionando e rendendo ao invés de investir em novas tecnologias. “Mas não há razão para empresas não avançarem nesse setor, visto que a II vai otimizar custos e mantê-la a par da concorrência”, afirma Rizzo. Para ele, as empresas brasileiras precisam montar uma equipe somente para estudar a estratégia para a transformação digital.

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