Banco quer oferecer ambiente de interação e suporte a empreendedores, apresentando parceiros e ofertando sua carteira de produtos a eles.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta quinta-feira (5/7) o piloto do BNDES Garagem, um programa de desenvolvimento de startups. A intenção é estruturar a versão final do projeto, que será um centro de empreendedorismo e inovação a ser implantado no Rio de Janeiro (RJ). O banco vai lançar amanhã um edital para encontrar uma aceleradora parceira, que será responsável por tocar o piloto orçado em R$ 10 milhões.
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O presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, explica que o banco quer que as startups entrem no seu foco de atuação, tanto para o desenvolvimento do empreendedorismo no Brasil quanto para os negócios do BNDES. O Garagem será o espaço físico em que as startups poderão trabalhar e receber apoio, tanto burocrático (como contabilidade) quanto de desenvolvimento de negócios.
Será um ambiente de interação e suporte, diz ele, conectando diferentes atores do ecossistema de inovação, como universidades, empresas, startups em diferentes estágios de maturidade, investidores e poder público. A própria carteira de produtos do banco estará à disposição das startups, assim como os fundos de investimento do qual o BNDES faz parte e seus clientes.
Ricardo Ramos, diretor de Transformação Estratégica e Digital, explica que o programa-piloto terá prazo de duração de um ano, podendo ser renovado por igual período através de uma nova chamada pública. O banco pretende, junto à futura aceleradora, lançar desafios nas áreas de educação, saúde, segurança, financeiro, economia criativa, meio ambiente, IoT e blockchain e selecionar 60 startups até novembro.
Nessa primeira fase, o empreendimento será dividido em dois segmentos: a criação e a aceleração de startups. Para cada um deles, serão chamados 30 empreendimentos. As startups a serem aceleradas são as que já contam com produtos prontos e devem começar a trabalhar no BNDES Garagem em janeiro do ano que vem. Dois meses depois, empreendedores que apresentaram ideias para resolver os desafios começam a trabalhar suas startups para a entrega de um produto mínimo viável (MVP, na sigla em inglês). Em junho de 2019, as 60 empresas participantes entregam seus projetos prontos.
Ramos ressalta que o programa não vai cobrar nada dos empreendedores e nem exigir nenhuma contrapartida da startup. “O objetivo é desenvolver negócios e criar um espaço para vendermos nossos próprios produtos. É uma estratégia de relacionamento”, destaca.
Oliveira destaca que a aceleradora será a encarregada de gerir o BNDES Garagem, sendo responsável por toda a estrutura de custos. Para o projeto piloto, o BNDES pretende alugar um local próximo ao Porto Maravilha, no Rio, devido à infraestrutura óptica do local. “Este espaço será capaz de suportar as 60 startups, bem como outras 60 que pretendemos selecionar no ano que vem”, diz.
