No artigo “Crise na crise: Impacto nas infraestruturas críticas informacionais da administração pública em tempos de pandemia” – escrito para os policy papers da XVIII Conferência de Segurança Internacional do Forte de Copacabana – marcada para 16 e 17 de setembro –, a pesquisadora do Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) na Escola de Guerra Naval (EGN), Ines Correa Gomes Cardinot; e o Gerente Setorial de Conteúdo Local na Petrobras, Edival Dan Junior, afirmam que instituições brasileiras e outras ao redor do mundo sofreram ataques cibernéticos em massa em 2020. Segundo os autores, a abrupta adoção do home office devido à pandemia de Covid-19 fez com que as empresas deixassem em segundo plano a segurança cibernética.
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Com isso, o Brasil registrou 8,4 milhões de tentativas de ataques, segundo dados do FortiGuard Labs, o laboratório de ameaças da Fortinet. Ainda segundo o artigo, a falta de treinamento de pessoal e de segurança dos acessos remotos podem ser considerados como dois dos principais causadores das invasões. Os autores analisam particularmente o impacto do home office em três órgãos públicos da administração brasileira – Superior Tribunal de Justiça, Ministério da Saúde e Secretarias de Governo do Distrito Federal -, que sofreram graves ataques de hackers em novembro do ano passado.
O artigo é um dos 14 policy papers reunidos na publicação, nos formatos digital e impresso, que será distribuída aos palestrantes e a toda a plateia virtual da XVIII Conferência de Segurança Internacional do Forte de Copacabana. Os textos também poderão ser acessados através do site da Fundação Konrad Adenauer, realizadora do evento ao lado do CEBRI e da Delegação da União Europeia no Brasil, e giram em torno do tema “Ausência de Guerras significa paz? – Estratégias de Segurança Internacional em uma Nova Ordem Geopolítica Mundial”.
Participam do encontro especialistas da Europa e da América Latina, divididos em painéis transmitidos virtualmente e ao vivo, apenas para o público inscrito. As autoridades estarão em diversos países – Brasil, Alemanha, Uruguai, Colômbia, Argentina, México – e vão debater a partir de suas residências ou gabinetes em “mesas virtuais”. A fim de promover maior inclusão e garantir a melhor compreensão para todos, o evento terá tradução simultânea nos idiomas português, espanhol, inglês, alemão e na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
Quem quiser acompanhar os debates pode se inscrever gratuitamente no site da Fundação Konrad Adenauer ou no site do CEBRI, ou no link. As inscrições são individuais. Após a confirmação do cadastro, cada inscrito(a) receberá um link para acesso aos debates.
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