O Brasil também é o principal alvo de hackers que usam arquivos como isca, com 63,9% dos bloqueios desse tipo, seguido de longe pela Índia (13,5%), Indonésia, África do Sul e Itália.
As ameaças bloqueadas pela Trend Micro apresentam tendência de crescimento desde 2018, mas em 2021 estão ainda maiores. Enquanto o total registrado em 2020 foi de 66,5 bilhões, em julho de 2021 o número já ultrapassa os 50,1 bilhões, o que representa 75,3% do número detectado ano passado.
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Outro destaque do relatório de julho foi o aumento dos ataques ao setor de saúde. Os do tipo ransomware, por exemplo, quase dobraram de um mês para o outro, passando de 751 para 1.312 detecções. E o setor também foi o principal alvo de malwares bancários, que saltou de 189 em julho para 637 registros em julho.
Analisando todos os tipos de malware, a indústria permaneceu na liderança, com 74 mil 205 ataques em julho e aumento de 8,3% em relação a junho. Os outros segmentos mantiveram a proporção, com exceção da área de saúde, que apresentou um aumento de 31%. Já o setor governamental apresentou queda de 4,2% em relação a junho, assim como o setor bancário (0,7%).
“Nossos dados mostram que há um nítido direcionamento dos alvos, que estão sendo cuidadosamente selecionados, visando cada vez maior lucro financeiro por meio de extorsões em vários níveis”, comenta Cesar Candido, diretor de Vendas da Trend Micro.
O total de famílias de malware detectadas aumentou ligeiramente em julho (5,8%), com a permanência de Webshell na liderança dos ataques (com crescimento de 24,8% em relação a junho), superando as três famílias mais tradicionais do cibercrime: WannaCry, CoinMiner e Donwad.
O relatório “Fast Facts” é divulgado pela equipe de pesquisa da Trend Micro com atualizações mensais sobre o cenário de ameaças baseado na solução Trend Micro Smart Protection Network (SPN), que analisa a infraestrutura de segurança de dados. Além dos sensores da SPN, os dados coletados também vieram de pesquisadores da Trend Micro, da equipe do Zero Day Initiative (ZDI), da equipe de Threat Hunting, da equipe de Serviço Móvel de Reputação de Aplicativos (MARS) e da Smart Home Network (SHN).
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