Economia Digital

CESAR e IBP fazem parceria para programa de imersão no Porto Digital

O CESAR, Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife, que atua na educação e inovação impulsionando organizações e potencializando suas estratégias digitais, estará no Rio Oil & Gas (ROGe), evento que acontecerá no Boulevard Olímpico, zona portuária do RJ, de 23 a 26 de setembro. Sob o mote “Conectando energias”, o congresso este ano abre o leque do debate para o cenário da transição energética, e marca a primeira participação do CESAR como expositor. Na ocasião, será anunciada a parceria com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) para levar cerca de 30 empresas do setor para o Innovation Journey, em Recife, que acontece nos dias 11 e 12 de novembro. O programa abrange uma experiência interativa a um dos maiores ambientes de inovação e maior polo tecnológico do Brasil. 

 

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Durante o Congresso, a parceria com a Petrobras também ganha destaque com dois novos projetos que serão detalhados durante a programação. Mas os frutos dessa cooperação não são recentes.  O design inovador desenvolvido pelo CESAR tem ajudado a empresa a evoluir em seus desafios socioeconômicos e ambientais há algum tempo, conforme destaca Antoanne Pontes, gerente de novos negócios do CESAR. “Temos 180 profissionais dedicados a pensar em como transformar a pesquisa da Petrobras em uma solução que fale com quem opera lá na ponta. Ou seja, tem hardware e software, mas o diferencial é o design. Sem ele nada disso seria possível”, conta Pontes. Entre os  projetos desenvolvidos pelo CESAR com a Petrobras, ele destaca o Digital Twin e o SolverBR. 

Digital Twin

O projeto, como o próprio nome diz, é um gêmeo digital que permite a criação de representações virtuais dos dutos flexíveis em operação no campo. Isso possibilita o monitoramento em tempo real da severidade do SCC-CO2 (corrosão sob tensão por CO2), permitindo que os engenheiros de integridade da Petrobras tomem decisões embasadas em dados para otimizar a produção e maximizar a eficiência das operações.

A ferramenta criada pelo CESAR, com apoio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), utiliza sensores instalados em campo para alimentar um modelo de análise de severidade operacional, fornecendo uma visão completa dos dutos mais críticos em campo e auxiliando na tomada de decisão para garantir a segurança operacional dessas estruturas. 

O projeto ganhou o SPE Awards, criado pela Society of Petroleum Engineers, e que reconhece anualmente indivíduos e empresas globais que alcançaram conquistas notáveis no setor de E&P offshore. No SPE, o “Digital Twin” venceu na categoria “Best R&D project in last 3 years”. Um grande reconhecimento ao trabalho de toda a equipe multidisciplinar no desenvolvimento desta tecnologia inovadora e disruptiva.

O “Digital Twin” também foi finalista do Prêmio da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de Inovação Tecnológica, que destaca projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) que aprimoram a eficiência operacional no setor, e o projeto é um exemplo desse compromisso com a excelência tecnológica. 

SolverBR

O projeto SolverBR é uma colaboração entre CESAR, Petrobras e Nvidia e foi o responsável pelo avanço da PD&I usada no mundo real a partir de tecnologias avançadas como IA, computação de alto desempenho ou HPC e computação quântica. Nesse caso, o SolverBR lida com o processo de execução de simuladores de reservatórios para campos de petróleo. 

Essas simulações surgem da necessidade de responder a várias perguntas relacionadas à tomada de decisão na exploração de reservatórios e vão desde a localização de um poço até estratégia de produção e previsão de comportamento financeiro. São processos caros em termos de tempo e poder computacional, este último consumindo uma quantidade significativa de energia. Consequentemente, numerosos estudos visam otimizar a execução dessas simulações para melhorar a eficiência de custo.

O projeto visa explorar a possibilidade e os ganhos potenciais de executar uma parte deste simulador em novos hardwares com arquiteturas inovadoras, especificamente a arquitetura ARM (da sigla Máquina RISC avançada). A arquitetura ARM foi escolhida por várias razões, e uma delas é seu baixo consumo de energia. Neste ponto, a NVidia entra em jogo como um dos principais players no mercado de hardware de alto desempenho. 

“Embora a solução seja bastante específica para casos de simulação de reservatórios de petróleo, o que pode ser aplicado a outros setores é o conceito de computação de alto desempenho. Indústrias, como a geomecânica, a de análise de tráfego, de estudos climáticos e até o setor financeiro, precisam de simulações para auxiliar na tomada de decisão que requerem significativo poder computacional”, explica Roberto Macedo, diretor executivo do CESAR. 

O CESAR tem mais de 1.100 especialistas em arquitetura, codificação, design, gerenciamento de programas e pesquisa – entre outras disciplinas – que trabalham com clientes e parceiros em cada etapa do processo, desde a concepção, até o teste e interação, até o design e desenvolvimento para criar o primeiro de – suas aplicações, produtos e serviços que nunca existiram antes.

IUP Innovation Connections

Outra novidade da programação paralela ao congresso é o iUP Innovation Connections, espaço do iUP, hub de energia e inovação do Instituto Brasileiro de Petroléo & Gás (IBP). A agenda contará com plenárias, que trarão debates e apresentações sobre tendências, cases e demandas da indústria de energia; sessões keynotes, nas quais CEOs e líderes do mercado apresentarão suas visões para a indústria e o ecossistema de inovação; masterclasses com especialistas e nomes de referência do setor sobre tecnologia, inovação, captação de investimentos e gestão de startups; entre outros. 

O CEO do CESAR, Eduardo Peixoto, é um dos que participam do iUP. No dia 24, às 11h45, ele estará no palco com Mariana Yasbec, da Fiemg LAB, para debater os Desafios e Oportunidades para o incentivo às startups no early stage.  A sessão faz parte da trilha “Ecossistemas de Inovação”, quando serão discutidas as principais barreiras e oportunidades para o apoio a startups em estágio inicial no setor de óleo e gás (O&G). 

Serão abordadas ainda estratégias de financiamento, parcerias estratégicas e programas de aceleração que podem impulsionar a inovação e o crescimento dessas empresas emergentes.  “É uma excelente oportunidade de troca com especialistas e investidores, que compartilharão insights valiosos sobre como superar entraves e transformar ideias promissoras em soluções práticas para a indústria”, diz Peixoto. 

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