A Cisco publicou seu Novo Padrão de Confiança (New Trust Standard), uma referência para avaliar a confiabilidade de uma organização à medida que a transformação digital é adotada. Essa nova estrutura aumenta o nível de confiança dos clientes conforme o trabalho se torna híbrido, mais dados são coletados online e as ameaças cibernéticas aumentam.
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Com dados de apoio da Pesquisa de Privacidade do Consumidor Cisco de 2021 (Cisco 2021 Consumer Privacy Survey), o Novo Padrão de Confiança estabelece os seguintes elementos essenciais para que as organizações ganhem, mantenham e aumentem a confiança do cliente:
- Arquitetura Zero-Trust: Manter os invasores afastados, contestando suposições e verificando todas as conexões, de todos os dispositivos, sempre.
- Cadeia de fornecimento confiável: Estar ciente de cada componente, como ele é fabricado e onde esteve – enquanto trabalha em estreita colaboração com os fornecedores para reduzir o risco.
- Direitos sobre os dados: Estar um passo à frente da evolução das expectativas do cliente e das regulamentações governamentais
- Transparência: Ser claro sobre quais dados são coletados e como são usados; ser honesto sobre incidentes e problemas conforme eles acontecem; e divulgar o que está sendo feito para corrigir.
- Certificações e conformidade regulatória: Demonstrar compromisso com os clientes ao obter certificações confiáveis concedidas por auditores independentes terceirizados.
Segundo a Cisco, as empresas digitais precisam ter a capacidade de verificar a confiança e a resiliência de suas soluções, operações e ações. Para ela, no contexto da economia digital de hoje, esses elementos são essenciais para aumentar a confiança do consumidor.
Consumidores querem mais transparência
De acordo com a Pesquisa de Privacidade do Consumidor Cisco de 2021, que contou com 2,6 mil entrevistados em 12 países (incluindo o Brasil), os consumidores têm um desejo claro por transparência e controle em relação às práticas de dados de uma empresa. Outros destaques da pesquisa incluem:
- “Ativos de privacidade”: quase um terço dos consumidores assumiu um papel mais ativo na proteção de sua privacidade, incluindo deixar as organizações por causa de suas práticas ou políticas de dados.
- Regulamentações de privacidade: as leis são consideradas muito positivas em todo o mundo, embora a conscientização permaneça relativamente baixa em muitos países. No Brasil, 63% dos pesquisados avaliam a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) como positiva. No entanto, somente 37% tem conhecimento sobre a LGPD no país.
- Proteções durante a pandemia: a maioria das pessoas deseja pouca ou nenhuma redução nas proteções de privacidade, ao mesmo tempo que apoia amplas medidas de saúde pública.
- Inteligência artificial: os consumidores estão muito preocupados com o uso de seus dados pessoais na tomada de decisões de IA, e sua confiança está em jogo. Entre os entrevistados no Brasil, 45% indicaram uma perda de confiança dos casos de uso de IA.
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