
Quando a greve dos caminhoneiros paralisou o Brasil durante cerca de uma semana, em 2018, a SulAmérica, empresa de seguros, percebeu que era necessário expandir um plano de contingência para situações críticas. Um dos pontos seria a adoção do trabalho remoto e, em 2020, quando à pandemia do novo coronavírus chegou ao Brasil, 30% de toda a equipe da empresa já trabalhava remotamente.
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Marcelo Fonseca, superintendente de Infraestrutura de TI da SulAmérica, conta que o plano utiliza uma infraestrutura de hiperconvergência da Nutanix para garantir a disponibilidade e escalabilidade. Foi com essa confiança que foi possível que mais de 5 mil colaboradores deixassem os escritórios da empresa no dia 17 de março e todos passassem a trabalhar de casa no dia seguinte.
Sobre a hiperconvergência, rodam tanto aplicações que suportam o trabalho remoto, acessadas via VPN, e o VDI (infraestrutura de desktop virtual) que a SulAmérica utiliza em parte de sua equipe de desenvolvimento e de negócio. “Quem utiliza o VDI são nossas equipes que precisam de aplicações mais robustas, cerca de 25% (do quadro de funcionários)”, aponta o superintendente. Os outros 75%, que utilizam basicamente e-mail e ferramentas de colaboração e trabalho mais leves, utilizam a VPN, para garantir o acesso seguro.
A hiperconvergência, no entanto, não surgiu com o intuito de dar suporte apenas ao trabalho remoto. Conforme explica Fonseca, a adoção da solução da Nutanix surgiu em 2019, quando a infraestrutura legada da SulAmérica perdeu a garantia e a atualização para a hiperconvergência trazia um retorno de investimento maior que apenas atualizar os servidores e storages. “O projeto com a Nutanix representou uma redução no custo de aquisição em torno de 30% comparado à atualização”, afirma o superintendente.
Além do custo de investimento, Fonseca aponta que a gestão do ambiente de TI com a hiperconvergência também é simplificada, já que o portfólio de softwares Nutanix simplifica a administração da infraestrutura. A SulAmérica também adotou as máquinas virtuais do Acropolis, hypervisor da Nutanix, que começou a substituir a solução anterior por questões de custo de licença e simplificação de gestão.
Novo plano de disaster recovery
Com o uso da hiperconvergência trazendo ganhos para a SulAmérica, Fonseca já sabe quais serão os próximos passos. O primeiro será expandir a hiperconvergência. Se hoje todos os microsserviços já rodam em cima da tecnologia, além das soluções já mencionadas anteriormente, o executivo quer que 95% do ambiente de produção esteja em hiperconvergência até fevereiro de 2021. Metade já foi migrada, garante ele, e somente a telefonia vai ficar de fora, por questões contratuais.
O segundo passo será atualizar o plano de disaster recovery (DR) da SulAmérica. Atualmente, o SLA permite que a disponibilidade dos sistemas da empresa retorne em até 12h, o que é um risco para o negócio. “No caso de uma catástrofe, poderia haver impacto no atendimento médico, já que hospitais conveniados não conseguiriam confirmar a validade do convênio do paciente através do sistema online”, aponta.
Por isso, Fonseca enxerga na hiperconvergência uma oportunidade de garantir a disponibilidade do negócio da empresa. “Com o uso das soluções Nutanix (Hiperconvergência, Flow e Frame), simplificamos a gestão do DR, o que reduz ainda mais leva no máximo meia hora para subir”, afirma. Ele acredita que essa nova infraestrutura deverá estar pronta em março do ano que vem. “O principal foco da SulAmérica é a experiência do cliente e a transformação digital em que a empresa vem investindo e seguirá nos próximos anos, finaliza.
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