Gartner espera receita de US$ 300 bilhões, e 26 bi de unidades instaladas até 2020.
A Internet das Coisas (IoE, em inglês) poderá transformar o mercado de datacenters, incluindo 26 bilhões de unidades instaladas até 2020 e fornecedores de produtos e serviços podem alcançar uma receita de US$ 300 bilhões, grande parte com serviços. Um dos motivos é a possibilidade de conectar ativos remotos, integrados aos novos processos organizacionais para prover informações em tempo real.
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A IoE também aumentará a quantidade de dados analíticos movimentando áreas de redes, armazenamento e segurança da informação. “As implantações de Internet das Coisas vão gerar grandes quantidades de dados, que precisam ser processados e analisados em tempo real. Este processamento aumentará na proporção das cargas de trabalho dos datacenters, fazendo com que fornecedores tenham novos desafios analíticos, de segurança e capacidade”, declarou Henrique Cecci, diretor de pesquisa do Gartner.
A principal ameaça, no entanto, é com o volume de dados vindo de diversas fontes, e o gestor explica que transferir todos os dados para processamento em um único local não será economicamente viável, por isso aumentará o número de datacenters menores. “A recente tendência de centralizar aplicações para reduzir custos e aumentar a segurança é incompatível com a Internet das Coisas. As organizações serão forçadas a agregar dados em múltiplos mini datacenters distribuídos, nos quais o processamento inicial pode ocorrer. Os dados relevantes serão enviados a um site central para o processamento adicional”.
O Gartner prevê uma mudança na área de segurança, com automação de dispositivos em diferentes ambientes, que desafiarão muitos setores e empresas, e o big data, nesse contexto, pode aumentar a complexidade, colocando em risco a disponibilidade, segurança pessoal e os processos de negócios em tempo real. A ?Privacidade do consumidor também estará em xeque, como já acontece com os equipamentos de medição inteligente e automóveis, pois as soluções conectadas podem gerar informações sobre o uso pessoal dos dispositivos.
Armazenamento
O impacto da Internet das Coisas no armazenamento de dados tem duas vertentes: o pessoal (de consumidores) e Big Data (de empresas), impulsionados pelo uso de novas aplicações e dispositivos. A gestão também afetará a infraestrutura e demandará mais capacidade e investimento em servidores. Do lado das redes, os links WAN de datacenters atendem as necessidades atuais das empresas e a largura de banda é gerada por interações humanas com aplicações. “A Internet das Coisas deve mudar esses padrões ao transferir grandes volumes de dados de sensores de mensagens pequenas ao datacenter para processamento, aumentando as necessidades por largura de banda de entrada”.
As equipes de operações deverão saber gerenciar o ambiente como uma ‘entidade homogênea’, lidando com as questões de governança, largura de banda de rede, armazenamento de dados brutos que, provavelmente, será inviável e levará muitas empresas a automatizar o backup seletivo dos dados que acreditam ser valiosos.
O Gartner ressalta que as operações de datacenter e fornecedores deverão investir em plataformas de gestão de capacidade mais preditivas, que tenham uma abordagem de sistema de gerenciamento de infraestrutura de datacenter que alinhe TI, padrões de tecnologia operacional e protocolos de comunicações para processar os dados de Internet das Coisas baseados nas prioridades e necessidades do negócio. “Estes cenários impactarão o design, as mudanças na arquitetura ao fazer a virtualização, bem como os serviços na nuvem. Isto reduzirá a complexidade e impulsionará a capacidade sob demanda para entregar confiabilidade e continuidade de negócios”, afirma o diretor de pesquisa do Gartner.
Agenda:
Conferência Gartner Infraestrutura de TI, Operações e Data Center
1 e 2 de abril de 2014 (Terça e Quarta-feira)
Sheraton São Paulo WTC Hotel – Av. das Nações Unidas, nº 12.559
Site: www.gartner.com/br/datacenter.