Estes modelos de investimentos serão pauta na primeira edição do Connected Smart Cities, que acontece em agosto, na capital paulista.
O crescimento controlado de empreendimentos habitacionais em cidades brasileiras, como bairros planejados e condomínios fechados, está aliando cada vez mais tecnologias e inovações sustentáveis para proporcionar qualidade de vida aos moradores. Iniciativas como estas também reforçam projetos macros para melhorias nas gestões de cidades, uma vez que muitas ações aplicadas em empreendimentos servem como modelos para ações em áreas como saneamento básico, mobilidade urbana, saúde, meio ambiente, entre outras. Estes modelos de investimentos serão pauta na primeira edição do Connected Smart Cities, que acontece em agosto, na capital paulista.
Uma das convidadas do evento, a diretora de sustentabilidade da Alphaville Urbanismo, Giovana Kill, explica que além de todas as licenças ambientais, a empresa deve realizar um trabalho com a comunidade da cidade na qual o empreendimento será construído. “Trabalhamos com a licença social, ou seja, começamos a apresentar o projeto, do ponto de vista social e ambiental, para aquela comunidade e isso dá impulsos que modificam o desenho do empreendimento. Já aconteceu de mudarmos completamente o traçado de um projeto ao sabermos que uma determinada estrada era importante para uma comunidade”, lembra a especialista. Ainda segundo ela, cada região é analisada de acordo com o que mais precisa. “Se em um determinado lugar o recurso hídrico é mais relevante, pensamos em soluções alternativas de saneamento e drenagem para termos soluções inteligentes que não agridam o meio ambiente”, argumenta.
Assim que uma área é prospectada, independente da localidade onde será instalada, é realizado o trabalho para mapear restrições e identificar oportunidades ambientais que irão definir a dimensão exata do empreendimento e quais conexões com o entorno poderão ser feitas. “Na medida em que vemos que esta mancha tem apelo comercial e que atende requisitos ambientais e de sustentabilidade, o projeto passa a entrar na empresa. Com isso, fazemos uma avaliação ambiental preliminar para, então, começarmos o design do empreendimento. Todo o projeto é pensado em integrar o máximo possível a conectividade com fragmentos, que por ventura existam no exterior”.
Conectividade com a cidade – Recentemente, a falta de sistemas de drenagem no município de Barra dos Coqueiros, em Sergipe, fez com que o projeto da construção de um condomínio residencial fosse modificado. “A cidade não foi planejada com sistemas de drenagem, então sempre quando chovia vários bairros ficavam alagados. Percebemos que isso gerava diversos transtornos para a população local e procuramos trabalhar a drenagem como solução natural para integrar as áreas de restinga e mangue, preservando o empreendimento”, esclarece.
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“A realidade é que hoje praticamente metade da população mundial vive em cidades onde o PIB (Produto Interno Bruto) é maior. E é justamente nesses centros urbanos que encontramos mais problemáticas em termos ambientais e de planejamento. Quando falamos em mudar o conceito das pessoas, devemos saber que é preciso pensar em novas oportunidades, com novos modelos de negócios que considerem a questão da sustentabilidade como premissa”, pontua a diretora de sustentabilidade.
O Connected Smart Cities acontecerá de 03 a 05 de agosto, no Centro de Eventos Pro Magno, em São Paulo (SP). Mais informações podem ser conferidas no site oficial http://www.connectedsmartcities.com.br/