Projeto de smart grid permite medições de consumo energético mais rápidas e precisas, com redução de gastos com equipe e ganho de produtividade.
A CPFL Energia, grupo privado do setor elétrico brasileiro responsável por 14% do mercado nacional de distribuição, modernizou seu sistema de telemedição e adotou o projeto de smart grid Tauron, no intuito de reduzir custos, melhorar a qualidade de telemedições e ajudar no controle de distribuição de energia elétrica.
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Elaborado a partir de 2012 e finalizado em 2015, o Tauron automatizou a medição de energia em 26 mil clientes industriais e comerciais, que representam cerca de 30% da receita de distribuição do grupo. Antes do projeto, a medição era feita de forma presencial, a partir de equipes móveis, e as informações levavam entre 24 e 48 horas para serem processadas, além de apresentar eventuais erros, o que acarretava em muitos gastos com equipe.
Hoje, a partir de medidores inteligentes instalados em cada um dos clientes de alta tensão da CPFL, a distribuidora recebe as informações de consumo diretamente a cada cinco minutos. Outro benefício, é a possibilidade do cliente acessar as informações de consumo e curva de carga por um portal na Internet.
De acordo com o CIO da CPFL Energia, Marcelo Carreras, a implantação foi bastante complexa, em razão da quantidade de integrações que eram necessárias, que vai desde a integração com as plataformas de coletas de dados, que são processados em uma cloud privada. Depois, essa informação vai para a central de processamento no data center da empresa, no sistema de MDM (master data management). “Por fim, essa solução é integrada no nosso sistema de billing, até chegar à parte de faturamento.”
Todo esse processo de implantação foi realizado pela integradora Neoris. Gustavo Landa, diretor de Negócios – Energia & Utilities da empresa, explica que as medições podem ter distintas tarifas, a depender do horário. “Esse sistema permite à CPFL conseguir esses diferenciais e aproveitar ao máximo todos os âmbitos regulatórios que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de alguma forma, viabiliza para a distribuição”, diz.
A ampliação da rede ainda permite o suporte de outros serviços, como automatização de semáforos e iluminação pública. “Uma série de produtos e utilizações pode surgir na sequência, uma vez que já temos a plataforma estabelecida”, completa o CIO da CPFL.