Nacional

CPQD pretende conversar com classe política para manter o Funttel

Apesar de concordar que é necessário rever a política dos fundos de fomento, o presidente do CPQD, Sebastião Sahão Júnior, pretende lutar para manter o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel). A fala surge em meio à iminência da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 187/2019 no Senado, que extingue os fundos públicos. Em sua visão, os recursos advindos desta política pública financiam o desenvolvimento de tecnologia no Brasil.

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“A discussão sobre os fundos é importante. É preciso rever para que traga benefício ao Brasil, mas Funttel é importante ideologicamente, pois financia a tecnologia no Brasil”, afirmou o executivo ontem (28/1), durante visita de jornalistas à sede do CPQD em Campinas (SP). Sahão diz que o CPQD vai conversar com políticos para explicar a importância de trazer recursos para essa área.

Ele reforça que a defesa do Funttel não é apenas pela saúde financeira do CPQD. O repasse anual, que já foi de R$ 100 milhões no passado, foi de R$ 16 milhões em 2019. “Isto representa 7% do nosso faturamento, sendo que já chegou a ser 25%. Nós aprendemos a trabalhar com menos recursos”, explicou.

Em 2019, o faturamento do CPQD foi de R$ 223 milhões. Definida como uma fundação de direito privado sem fins lucrativos quando privatizada, no final da década de 90, o CPQD não pode ter sócios ou contar com capitalização. A fundação, que faz pesquisa em áreas de tecnologia de rede e inovação, como blockchain e Internet das Coisas (IoT), obtém receitas a partir de recursos públicos, contratação de P&D para outras empresas ou venda de software.

 

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