Projeto privilegia soluções Cisco.
A Damovo, integradora de serviços focados em convergência, planeja lançar, nos próximos dias, uma oferta de colaboração como serviço baseada em soluções Cisco. Carlos Elias, business development manager da companhia, informa, em entrevista exclusiva ao IPNews, que o projeto está em fase final de refinamento pelas duas companhias e que o foco da oferta, batizada de Hosted Collaboration Solutions (soluções de colaboração na nuvem), serão as médias e as grandes organizações instaladas no Brasil.
O grande atrativo da solução, segundo Elias, são a entrega rápida dos sistemas, a alta disponibilidade, baixa obsolescência e o fato de as empresas poderem trabalhar com uma previsão mensal efetiva de custos.
“Fizemos estudos e uma das constatações é que a variação de demandas em um projeto atrasam o ‘go-to-market”, pondera ao dizer que as soluções baseadas em nuvem encurtam o início da operação do projeto, permitindo que as organizações rapidamente comecem a experimentar as vantagem das novas soluções.
Como exemplo de economia para o usuário que opta pela colaboração como serviço, Elias cita um comparativo feito sobre um caso com 200 telefones, e diz que um projeto realizado com equipe interna demandaria 42 horas de implementação; um projeto gerenciado traria uma economia de tempo de 36%, porque entraria em operação em 27 horas; e um projeto hosteado demandaria no máximo 13 horas, cortando 70% do tempo de implantação.
Na defesa da oferta de soluções em nuvem, Elias cita pesquisas de mercado, entre elas um levantamento feito pelo Gartner, segundo o qual “quase 1/3 do mercado de colaboração em 2013 será hosteado”. “Segundo a Frost&Sullivan, espera-se que os serviços hospedados representem o grosso das receitas de serviços de comunicação unificada. A expectativa é de 50% em 2014”, diz o executivo.
Na oferta da Damovo, as organizações deixam de se preocupar com a infraestrutura de colaboração como um todo, porque a empresa entregará um pacote composto por switches, PABX e todos os aplicativos selecionados pelo cliente, a exemplo da videotelefonia, e se responsabiliza pela gestão e manutenção dos equipamentos.
Ainda não está prevista, no entanto, a integração com a rede de telecomunicações, ficando a contratação do acesso sob responsabilidade do cliente. “Uma espelhinho já manifestou interesse em compor a solução, mas ainda estamos conversando”, frisa Elias.
Outra inovação é que o dispositivo de acesso ao sistema poderá ser desde um desktop até um tablet, neste caso o Cius, o dispositivo da Cisco, ou smartphone, e as empresas poderão selecionar grupos de demanda para cada tipo de acesso e de aplicativos.
Questionado sobre o porquê da oferta ser formatada com a Cisco e não com os demais parceiros da companhia – a exemplo da Aastra, Carlos Elias explica que “a Cisco possui um pacote muito bem estruturado para ofertas de colaboração em cloud computing e que isso facilitou as negociações”.
Sobre o local de hospedagem da infraestrutura, ele informa que ainda não pode revelar qual será o modelo, se um projeto custeado pela Damovo ou se na nuvem da Cisco.
