Carreira

Desafios não diminuem empenho de executivas em encontrarem força de trabalho feminina para área de TI

Nos cursos de TI da Unesp, a presença feminina chega a 30%, o que não é o bastante e faz com que parcerias sejam formadas para aumentar diversidade

A diversidade é uma das chaves para fazer com que a experiência do consumidor (CX) se adapte conforme o público e empresas de todos os setores já sabem disso. Na área de TI, a questão é ainda maior, visto que a digitalização é um passo fundamental para alcançar melhores índices de CX. O desafio é permitir que uma área tão masculina também atraia o público feminino. O Painel WTW (Women Transforming the World), organizado ontem (27/11) pela Amdocs na sede da Vivo em São Paulo, mostrou como as líderes de diferentes setores estão resolvendo este problema.

Hilda Carvalho, responsável pela área de Tecnologia da Unesp Rio Claro, destacou estudos que mostram que 30% das estudantes de TI nos campi da universidade são mulheres atualmente, um crescimento tímido frente aos 29,5% vistos há dez anos. Segundo ela, isso acontece porque os cursos de tecnologia não atraem tantas mulheres como fazem com homens, o que acaba sendo discrepante.

Reverter esse cenário não é simples. A Vivo, por exemplo, vê uma necessidade de atrair as jovens estudantes para a carreira na TI. Ana Lucia Drumond, diretora de Tecnologia – B2C e Novos Negócios da operadora, já enxerga em feiras de profissões, como são chamadas os eventos que universidades fazem para atrair alunos, um movimento para mostrar que há espaço para mulheres nos cursos de TI.

Mas o reflexo ainda é pouco no mercado. A própria Vivo tem uma diferença considerável entre seus profissionais de tecnologia, dos quais apenas um terço são mulheres, algo que não foge do dado apresentado por Hilda.

Parcerias e trabalho social como resposta

Martha Bernard, líder de Recursos Humanos da Amdocs, destaca a necessidade de capacitação que as mulheres precisam para ingressar no setor. Devido à falta de especialistas, ela confessou que acabou contratando mulheres que não atendiam a todos os requisitos de uma vaga por exemplo. Ela apontou a necessidade de fazer parcerias para encontrar formas de capacitar mais mulheres.

As ações sociais são umas das respostas para reduzir esse gap de gênero no setor. Lyzbeth Cronembold, representante da MCIO Brasil, destacou o papel da organização não governamental (ONG) para a inclusão de mulheres no mercado de tecnologia. Com seu trabalho, a ONG consegue capacitar jovens de comunidades carentes e mudar as vidas delas e de suas famílias a partir de empregos qualificados.

“Não é só capacitação técnica, mas também de soft skills. Ajudamos mulheres a descobrirem seus pontos positivos e a adquirir a cultura corporativa do setor, como o dress code”, destacou ela. Lyzbeth ainda pontuou que a criatividade e a vontade de inovar são os pontos que mais se tem demandado no setor de tecnologia.

 

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