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Em crise por conta da Covid-19, Airbnb demitirá 25% de seus funcionários

Fortemente atingida pela pandemia da Covid-19, a Airbnb, especializada no aluguel de hospedagens, demitiu 1900 funcionários, nesta terça-feira (05), o equivalente a 25% do seu quadro global. Em um memorando enviado à equipe Brian Chesky, CEO da Airbnb, reconheceu a gravidade da situação e prometeu que a companhia voltará ao seu status pré-Covid-19, se não em breve, pelo menos, em algum momento.

“Estamos vivendo, coletivamente, a crise mais angustiante da nossa vida e, quando ela começou a se desenrolar, as viagens globais pararam”, escreveu o executivo. Os negócios do Airbnb foram duramente atingidos, com receita prevista para este ano em menos da metade do que conquistamos em 2019″.

“Embora saibamos que os negócios do Airbnb se recuperarão totalmente, as mudanças que a empresa sofrerá não são temporárias ou de curta duração. [Precisamos] fazer mudanças mais fundamentais na Airbnb, reduzindo o tamanho da nossa força de trabalho em torno de uma estratégia de negócios mais focada”, afirmava o documento. “Viajar neste novo mundo parecerá diferente e precisamos evoluir o Airbnb de acordo”.
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Antes das demissões, a Airbnb possuía 7.500 funcionários. Além disso, a startup interromperá projetos relacionados a hoteis, uma divisão de transportes e estadias de luxo. Os funcionários dos EUA atingidos pela demissão receberão 14 semanas de remuneração base, mais uma semana adicional por ano em que trabalharam na companhia, de acordo com o comunicado de Chesky. Eles também terão 12 meses de assistência médica. O dia 11 de maio será o último dia útil para aqueles que foram dispensados da companhia, tanto nos EUA, quanto no Canadá.

“Tenho um profundo sentimento de amor por todos vocês”, disse Chesky. “Nossa missão não é apenas viajar. Quando começamos o Airbnb, nosso slogan original era ‘Viaje como humano’. A parte humana era sempre mais importante do que a parte de viagem. O que nos interessa é pertencer, e no centro da pertença está o amor”, continuava o comunicado.

A onda de demissões é o golpe mais recente sofrido pela Airbnb causado pela crise da Covid-19. Em abril, a empresa comunicou a seus funcionários que iria instituir um congelamento de contratações, suspender suas campanhas de marketing e cortar o salário dos executivos. Além disso, não havia previsão de pagamento de bônus para esse ano.

No início do ano, a Airbnb planejava realizar o seu IPO (sigla em inglês para Oferta Pública de Ações, quando uma empresa passa a vender suas ações na Bolsa de Valores). A empresa havia contratado banqueiros para liderar a oferta, que testaria se a startup poderia atingir sua avaliação de mercado privado de US$ 31 bilhões a partir de 2017. Ao invés disso, a empresa está levantando US$ 2 bilhões em novos financiamentos de dívida. Com isso, a sua avaliação ficaria em US$ 18 bilhões. O The Wall Street Journal informou que, em fevereiro deste ano, a Airbnb perdeu US $ 322 milhões nos primeiros nove meses do ano passado ao aumentar os gastos. Isso depois de registrar um lucro de US $ 200 milhões em 2018. Com informações de agências internacionais

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