Apenas uma em cada quatro empresas enxerga a TI como diferencial competitivo para os negócios e quase metade das organizações (47%) investe mais de 60% dos orçamentos no legado.
A Dell EMC e a Intel anunciam os resultados de um estudo inédito, encomendado para a IDC Brasil. Esta primeira edição da pesquisa, batizada de IT² – Indicador de Transformação da TI, concluiu que, em uma escala de 0 a 100, as companhias instaladas no Brasil atingiram uma média de 43,7 pontos, demonstrando assim que têm um longo caminho a ser percorrido para que o ambiente tecnológico esteja totalmente preparado para suportar as demandas por digitalização.
Junto com os resultados do estudo, é lançada a ferramenta IT² – Indicador de Transformação da TI, desenvolvida pela IDC, em colaboração com Dell EMC e Intel. Trata-se de uma análise online e gratuita, disponível em http://IT2.idclatinsurvey.com, por meio da qual as empresas brasileiras podem avaliar o grau de maturidade da sua infraestrutura de TI para suportar a transformação digital e comparar os resultados com outras organizações instaladas no Brasil.
O estudo da IDC Brasil, patrocinado por Dell EMC e Intel, entrevistou 250 profissionais responsáveis pela decisão de compra da infraestrutura de TI de empresas privadas com mais de 250 funcionários. A análise, realizada no segundo semestre de 2017, avaliou três grandes indicadores essenciais para a maturidade dos ambientes tecnológicos para suportar a transformação digital dos negócios: Processos Internos e Cultura, Automação de Processos e Modernização da Infraestrutura.
De acordo com o estudo, a Automação de Processos foi o tema com os mais baixos resultados (média de 33,9 pontos) entre os indicadores. Em seguida aparece a Modernização da Infraestrutura (com 42 pontos) e os Processos Internos e Cultura (com 55,2 pontos).
Automação de Processos: mais da metade não adota virtualização dos equipamentos de rede
Em relação à Automação de Processos, o estudo da IDC conclui que só uma pequena parcela das organizações já implementou mecanismos avançados para automatização, apesar dessa questão ser essencial para que as empresas tenham agilidade para adequar o ambiente de TI para as novas demandas dos negócios relacionadas à transformação digital e consigam alocar os profissionais para tarefas estratégicas.
O estudo aponta que a virtualização tem sido o principal ponto avaliado pelos gestores da infraestrutura de TI no sentido de automatizar a gestão dos ambientes e ter mais flexibilidade para atender novas demandas. Os servidores têm sido um dos recursos mais virtualizados pelas empresas, com 67% dos entrevistados indicando que apresentam de 51% a 100% do processamento em máquinas virtuais. Em contrapartida, os equipamentos de rede aparecem como um dos recursos menos virtualizados pelas organizações, com mais da metade dos entrevistados não utilizando esse recurso.
Entre os entrevistados, só 17% já utilizam o chargeback e 15% pretendem implementar nos próximos 12 a 24 meses. Enquanto 13% adotam o DevOps e 13% disseram que existe interesse no tema pela área de Desenvolvimento e de Operações.
Modernização da Infraestrutura: 23% desconhecem o storage definido por software
O estudo demonstra que, apesar dos negócios exigirem respostas cada vez mais rápidas e atualizadas da TI, as novas soluções de infraestrutura não têm sido adotadas ou analisadas na velocidade adequada. Como reflexo, muitas das empresas ainda não avaliam o uso de infraestruturas definidas por software, apontadas como um caminho essencial para garantir a modernização dos ambientes para atender a demanda por transformação digital.
Quando questionados sobre a perspectiva de adoção das tecnologias mais recentes para a modernização da infraestrutura de TI, 13% já implementaram o storage definido por software e 8% planejam adotar em 12 a 24 meses.