
Crise climática, guerra e inflação global. Este combo tem feito governos e utilities de energia darem mais atenção às redes inteligentes, como forma de tornar a oferta e o consumo mais eficientes. Estudo recente feito pela Juniper Research indica que este cenário tente a ampliar as instalações de Smart grids (redes inteligentes) e, com o aumento da demanda, reduzir os custos da tecnologia.
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De acordo com o estudo, a economia de custos com implantações de redes inteligentes excederá US$ 125 bilhões globalmente em 2027; aumentando de pouco mais de US$ 33 bilhões em 2022. Esse crescimento de 279% será impulsionado pelo aumento dos preços da energia, com as tecnologias de rede inteligente desempenhando um papel crítico no aumento da eficiência da rede e na otimização do gerenciamento de recursos.
O relatório de mercado Smart Grid identificou as habilidades de análise baseada em IA como cruciais para maximizar os benefícios de novas fontes de energia renovável, equilibrando ativamente a carga e otimizando a transmissão de energia.
As redes inteligentes são redes de eletricidade que usam tecnologias avançadas para monitorar e gerenciar o transporte de eletricidade de todas as fontes de geração para atender às diversas demandas de eletricidade dos usuários finais.
A pesquisa identificou as implantações de redes inteligentes como a chave para a descarbonização da produção de eletricidade. As redes inteligentes permitirão que as fontes de energia que produzem eletricidade com base em elementos externos, como energia solar e eólica, atendam aos requisitos de energia de forma mais eficaz, equilibrando ativamente a carga e prevendo picos de demanda e produção.
O coautor da pesquisa, Nick Maynard, explicou ainda: “Ao alavancar a IA, as redes de eletricidade podem garantir que os picos de demanda sejam previstos e mitigados. Os fornecedores de redes inteligentes devem se concentrar em aprimorar seus modelos para prever com mais precisão os padrões de uso para maximizar esses benefícios.”
A redução de emissões impulsiona o mercado
A pesquisa prevê que as implantações de redes inteligentes resultarão em uma redução de quase 700 milhões de MMT (Milhões de Toneladas Métricas) nas emissões de CO2e (equivalente a dióxido de carbono) globalmente em 2027; caindo de 214 milhões em 2022.
O relatório antecipa que isso será fundamental para cumprir as metas rigorosas de mudança climática, além de atualizar os recursos de geração para apresentar mais fontes renováveis, incluindo eólica e solar.
A pesquisa recomenda que os fornecedores de redes inteligentes devem desenvolver mecanismos de ingestão de dados que possam analisar e interpretar dados estruturados e não estruturados de fontes diferentes, incluindo medidores inteligentes, dados de rede e previsões meteorológicas, para maximizar as reduções de emissões.
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