Segurança

Eset alerta para golpes de “emprego” por WhatsApp e Telegram

Golpe consiste em oferecer um trabalho simples, como curtir um vídeo em rede social ou avaliar um local no Google Maps, em troca de remuneração, que mais tarde precisa ser recompensada em falso investimentos

A Eset descobriu um novo golpe que oferece emprego via WhatsApp, usando o nome do Google Maps. De acordo com relatos de usuários, os golpistas buscam despertar interesse com uma suposta oportunidade de trabalho que permite ganhar dinheiro facilmente a partir de um celular, dedicando apenas alguns minutos por dia.

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Nesta modalidade, as vítimas são contatadas aleatoriamente pelo WhatsApp a partir de números desconhecidos, inclusive de países distantes, para fazer avaliações de hotéis com o objetivo de aumentar a reputação dos estabelecimentos.

Uma vez que as possíveis vítimas concluem as primeiras tarefas, são convidadas a ingressar em um grupo no Telegram, onde uma nova pessoa fornecerá os detalhes dos pagamentos, que continuarão acontecendo até que, em determinado momento, será solicitado o depósito de uma comissão para continuar operando.

Embora inicialmente os criminosos permitam o saque dos lucros acumulados para criar confiança, o golpe se baseia em fazer as pessoas acreditarem que, à medida que cumprem as tarefas, podem progredir de nível e obter comissões mais altas. No entanto, quando os depósitos são maiores, o único lucro é para os criminosos.

Modus Operandi da fraude

Primeiro aparecem as tarefas simples, como a dessa captura de tela.

Tudo começa com uma mensagem via WhatsApp de um número desconhecido, às vezes com código de área de outro país. A pessoa apresenta uma vaga de emprego com informações do serviço a ser feito, o tempo necessário e a remuneração. Normalmente, a tarefa é algo bem simples, como curtir um post específico em rede social ou avaliar um local no Google Maps. A desculpa é que a intenção é fazer as páginas “bombarem”.

Pouco depois, surgem os supostos investimentos, que são tarefas obrigatórias para os trabalhadores recebem os recursos de tarefas anteriores.

Nesta etapa, são atribuídas à possível vítima tarefas de teste, cada uma com uma recompensa financeira. No primeiro caso, o fraudador compartilha os passos a seguir, com o link para o perfil do Google de um hotel e a maneira de fazer a avaliação.

Em seguida, o golpista solicita uma captura de tela da avaliação realizada, confirmando que a tarefa foi concluída com sucesso. Esse teste pode ser feito mais de uma vez, mas ele sempre será remunerado, em torno de R$ 10 por tarefa. Para receber o salário, como eles chama, o fraudador solicitará que a vítima entre em contato com outro suposto representante, desta vez no Telegram.

Ao entrar no Telegram, uma suposta recepcionista se apresenta como a pessoa que acompanhará o processo de pagamento da comissão pelas tarefas concluídas, pedindo informações da pessoa e também o número do Pix para realizar o pagamento. Neste ponto, ela instruirá a vítima a se juntar a um grupo de trabalho, a fim de ganhar comissões por novas tarefas.

Dentro do grupo do Telegram, a vítima verá como o administrador compartilha recibos de comissões pagas a outros membros (onde podem ser vistos os dados pessoais dessas pessoas) por diferentes valores.

Parte das tarefas é realmente remunerada, mas sempre em valores simbólicos de até R$ 20. O golpe está na hora em que as tarefas pedem para o “trabalhador” investir dinheiro em supostas plataformas de criptomoeda. Se não completar o investimento, ele não receberá a remuneração das tarefas em redes sociais e no Google Maps.

 

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