Nacional

Especialistas debatem o urbanismo sob a ótica das cidades inteligentes

Tema foi discutido no Connected Smart Cities, por cerca de 400 pessoas.

 

O Urbanismo foi assunto de análise em uma das primeiras palestras dos segundo dia do Connected Smart Cities, que terminou ontem, dia 05 de agosto, em São Paulo. Cerca de 400 pessoas compareceram para aprender mais sobre como a cultura do smart city pode influenciar novos projetos urbano.

Thomaz Assumpção, presidente da Urban Systems, ressaltou que a sustentabilidade em qualquer projeto “tem que estar lastreada em uma matriz econômica, na qual a responsabilidade é compartilhada entre o poder público e a iniciativa privada”.

Roberto de Souza, presidente do CTE, acrescentou que é preciso discutir o olhar para a sustentabilidade, mas que para evitar ficar com uma diretriz essencialmente teórica é fundamental definir indicadores de desempenho para fazer eventuais ações corretivas. “É uma nova maneira de pensar a cidade, que considera vários dos eixos temáticos utilizados na formulação do ranking de cidades inteligentes”, avaliou.

O presidente da ASBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), Eduardo Nardelli, lembrou que as redes sociais têm uma função estratégica peste processo de tornar o urbanismo sustentável. “Elas são responsáveis por boa parte do nosso comportamento social, por isso é estratégico entender como funciona a trama desse órgão para imprimir mudanças.

A empresa de tecnologia ARUP participou da palestra sobre urbanismo nas cidades inteligentes. O representante da empresa, Pablo Lazo, falou das ferramentas de modelação integrada para o planejamento de intervenções nas cidades. “Precisamos entender de maneira sistêmica a cidade para transformá-la em inteligente”, disse. A empresa trabalhou quatro anos com o governo de Barcelona, na Espanha, na melhoria da oferta de dispositivos tecnológicos para aumentar a conectividade dos cidadãos. O resultado foi que hoje 85% dos moradores da cidade utilizam aplicativos para serviços de pagamentos de impostos e 72% usam aplicativos urbanos para transportes e tráfego. Em São Paulo, a empresa está envolvida com um projeto para a implementação de soluções inteligentes para a melhoria da dinâmica da cidade.

População urbana – Na segunda palestra da manhã, discutiu-se como aplicar a inteligência no modo que o mundo funciona para tornar as cidades mais humanas. Fernando de Mello Franco da prefeitura de São Paulo falou sobre um sistema de consulta pública que vem sendo desenvolvido para congregar dados sobre a cidade de São Paulo. “As cidades são um processo em construção coletivo que precisa do empoderamento de toda a sociedade, com acesso à informação, sem o que os recursos tecnológicos não terão sua mais eficiente utilização”, disse.

Programa incentiva a construção de parques tecnológicos

Na sua apresentação, Elias de Souza, da Deloitte, chamou a atenção de todos para o fato de já existirem no país soluções para melhorar o ambiente urbano. “Por que será que ainda tentamos trazer novos projetos, novas soluções. Por que será que não no dedicamos a desenvolver os projetos que já temos? O que percebemos é que falta comunicação para divulgar as soluções que já existem e que estão à disposição dos cidadãos. Devemos primeiro definir o que queremos detalhar o planejamento e um norte a ser alcançado e aí sim identificar qual solução melhor nos favorece no projeto que detalhamos”, afirmou, acrescentando: “Somos imediatistas e precisamos entender que uma cidade inteligente organiza-se no longo prazo”.

 

 

 

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