Passada a crise, País avança em indicador, ao contrário do que foi observado na América Latina.
A pontuação do Brasil no setor de Tecnologia da Informação e Telecomunicações chegou a 4,44 pontos, um aumento de 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse movimento foi contrário ao observado na América Latina como um todo, que obteve uma queda de 1,2% de acordo com o relatório Indicador da Sociedade da informação (ISI) para a América Latina, realizado pela everis em parceria com a Iese Business School, na Espanha.
O material também avalia o Ambiente da Sociedade da Informação (ESI), que compreende os aspectos econômico, Institucional, social e infraestrutura. Esses dados são referentes ao terceiro trimestre de 2009, que compreende os meses de julho a setembro.
“Nesse período, o indicador teve o seu segundo máximo histórico. Isso prova que o Brasil foi um dos países que menos sentiu os efeitos da crise e continuou progredindo nesse setor, ao contrário do que foi observado nos demais países analisados”, afirma Teodoro López, vice-presidente da everis Brasil. Ainda de acordo com o executivo, em números absolutos, o Brasil está na frente em muitos indicadores, mas como o País é muito grande territorialmente fica difícil atingir todas as regiões igualmente, e, por isso, a média fica abaixo dos demais países.
“O ISI mostra que a Sociedade da Informação vem avançando de modo mais veloz no Brasil do que no conjunto da América Latina. Há cinco anos, o ISI do Brasil era mais de 10% inferior à média regional. Agora, é apenas 1,1% menor e prevemos que, em um ano, essa diferença será reduzida a zero”, diz Diego Barceló, co-autor do ISI e pesquisador do Iese Business School. “Ainda que falte muito para progredir, creio que vale ressaltar, por exemplo, a expansão da quantidade de computadores, 243 unidades para cada mil pessoas, o que é superado apenas pelo Chile”, completa o executivo.
Durante o período, o número de telefones móveis chegou a 836 aparelhos para cada mil pessoas, um avanço anual de 17,3%, o segundo mais elevado depois do Peru. Além disso, tanto o número de computadores como o de servidores cresceu mais rapidamente que a média regional. A queda dos Serviços TIC se explica pela queda das vendas online e pelo gasto total em TIC, que em dólares anuais por habitante caiu 3,5% (chegando a US$ 41) e 10,2% (chegando a US$ 399), respectivamente.
A redução da pontuação na área Social é consequência do crescimento da taxa de desemprego (até 9,8%), e também da desaceleração da atividade econômica (o crescimento médio do PIB caiu de 5,6% para 3,5%), que atrapalha a nota média do Bloco Econômico. O Brasil é um dos países em que o armazenamento de capital fixo por habitante cresce em ritmo mais lento.
O Brasil em números
– 836 celulares para cada mil pessoas – aumento interanual de 17,3%;
– 243 computadores para cada mil pessoas – aumento interanual de 14,2%;
– 3,4 servidores para cada mil pessoas – aumento interanual de 9,4%;
– 16,5% dos usuários de Internet são assinantes de Banda Larga – aumento de 2,2%;
– 341 usuários de Internet para cada mil pessoas – aumento interanual de 6,8%;
– 19 domínios de Internet para cada mil pessoas – aumento interanual de 23,4%;
– US$ 399 de gasto per capita anual em TIC – diminuição interanual de 10,2%.
O ISI na América Latina
O Indicador da Sociedade da Informação (ISI) não teve melhoras anuais pelo quarto trimestre consecutivo, alcançando um valor de 4,49 pontos, 1,2% menos que no 3º trimestre de 2008.
Entre os países analisados, o Chile obteve 5,57 a Argentina 4,79 pontos, seguida do Peru, com 4,63; o México obteve 4,50; o Brasil, 4,44 e, em último lugar, está a Colômbia, com 4,24.