Pesquisas

Receita de programas empresariais crescerá 9,5%

Vendas devem superar US$ 267 bi

No ano passado o faturamento com software corporativo foi de US$ 244 bi e neste ano o aumento pode ser de 9,5%, passando de US$ 267 bi, segundo o Gartner. Este mercado tem projeção de continuar crescendo em 2012, atingindo receita de US$ 288 bilhões. “O segmento de software empresarial continua a se recuperar bem após a crise de 2009 “, avalia Joanne Correia, vice-presidente da empresa.

“A recuperação econômica é evidente em todas as regiões, apesar de surgirem preocupações pontuais em alguns países da Europa e Ásia. O terremoto e tsunami no Japão criaram incertezas adicionais no mercado, que estão começando a ser percebidas. Receitas internas e resultados de outras pesquisas já apontaram para um abrandamento da procura no segundo trimestre deste ano, com provável recuperação mais tarde ainda em 2011.”

Os gastos com software de infraestrutura empresarial estão em ritmo de chegar a US$ 153,3 bilhões em 2011, 9% de aumento com relação a 2010, em que a receita foi de US$140,6 bilhões. Os aportes em sistema operacional (SO) devem chegar a US$ 32,6 bilhões em 2011, seguidos pelos sistemas de gestão de dados (SGBD), com receitas de US$ 25,5 bilhões.

Para software de aplicação empresarial a previsão de gastos é um total de US$ 114,4 bilhões em 2011, 10,2% de aumento em comparação com 2010, que foi de US$ 103,8 bilhões. Planejamento de recursos empresariais (ERP) deve ter receita de US$ 23,3 bilhões, seguido por suítes de escritório, com US $ 15,7 bilhões.

“Com esta última pesquisa, vemos curto prazo para sustentação do crescimento da moeda dos EUA no período de 2011-2012 e ajustes para baixo no PIB de todas as regiões”, acredita Correia. “Vemos uma forte correlação entre o crescimento do PIB e o aumento do gasto em software para empresas, pela qual os investimentos em programas tendem a crescer de 4 a 6% acima do PIB em condições normais de mercado. Entretanto, temos preocupações com o aumento do custo de commodities, incluindo petróleo e seu impacto sobre a economia de alguns países”.

Países emergentes como a Polônia, Índia, China e Brasil, menos afetados pelas últimas desacelerações econômicas comparado aos EUA e à Europa, devem continuar a investir pesadamente em iniciativas de programas empresariais nos próximos anos, à medida que constroem a infra-estrutura de TI necessária para fazer negócios globais.

Os investimentos em softwares empresariais na América do Norte estão previstos para chegar a US$ 121,2 bilhões em 2011, com relação a 2010 em que a receita foi de US$ 112,9 bilhões. O mercado vai experienciar crescimento em 2015, quando os gastos passarão US$ 158,1 bilhões na América do Norte.

Para o Gartner, os preços do petróleo e o resultado das deliberações do orçamento federal são as maiores ameaças à estabilidade econômica na América do Norte. No entanto, os indicadores são positivos no consumo atual em equipamentos e software tanto entre pessoas físicas e empresas. Com a extensão dos cortes de impostos federais, o alívio fiscal, incluindo o abrandamento de taxas sobre a depreciação de equipamentos, que expiram no final do ano, estímulos a receitas adicionais poderiam impulsionar ainda mais gastos com tecnologia das empresa e outros bens de capital.

O investimento em software corporativo na Europa Ocidental está previsto para chegar a US$ 78,3 bilhões em 2011. Com relação a 2010, a receita foi de US$ 70,3 bilhões. O mercado vai experienciar crescimento paralelo à América do Norte em 2015. “Na Europa Ocidental, o programa corporativo terá crescimento de gastos ligeiramente mais forte na segunda metade de 2011. O ritmo de crescimento está abrandando na Europa, principalmente por causa da valorização cambial recente, o aperto fiscal, os preços das commodities e preocupações sobre a dívida em países como a Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha “, afirmou Fabrizio Biscotti, diretor de pesquisas do Gartner. “O resultado dessas restrições adicionais impactarão na tendência de crescimento de alguns países da região. Entretanto, os países que não devem sofrer com isso são Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Noruega e Suécia.”

A Ásia / Pacífico (excluindo o Japão) terão o segundo crescimento mais rápido em receita de software empresarial, depois da América Latina, comparado às outras regiões em 2011. A previsão é chegar a US $ 26,4 bilhões em 2011. Em 2010 esta receita foi de US $ 23,6 bilhões. Este mercado vai vivenciar forte crescimento em 2015, quando estes gastos vão ultrapassar US $ 40 bilhões.

“No geral, o crescimento dos mercados emergentes tem previsão mais lenta no período, mas continuarão a ser mais rápidos comparados aos desenvolvidos. Pode ser que os países emergentes se afetem pela desaceleração na Europa e Japão”, estima Yanna Dharmasthira, diretor de pesquisas do Gartner. “Entre os maiores mercados emergentes, China e Brasil terão tendências de desaceleração mais proeminentes, enquanto as taxas de crescimento na Índia e na Rússia serão menos afetada”.

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