3Com, Nortel e D-Link iniciaram uma batalha para mostrar ao mercado quem é mais “verde”. Estratégia visa reforçar melhor custo-benefício de produtos que economizam energia e que, no atual momento de aperto financeiro, podem reduzir o custo total de propriedade da infraestrutura de comunicação.
O presidente mundial da 3Com, Ron Sege, esteve pela primeira vez no Brasil esta semana para dizer que a companhia está em reconstrução. E não apenas da sua estratégia comercial, mas do ponto de vista do marketing e de inovação. A empresa faz questão de reforçar, por exemplo, uma característica que considera marcante no seu portifólio de produtos: o custo total de propriedade (TCO).
“Neste momento de investimentos racionalizados, as empresas devem avaliar muito bem as características de um produto antes de investir, e as novas soluções da 3Com estão preparadas para entregar o melhor custo-benefício aos nossos clientes”, disse Adriano Gaudêncio, presidente da subsidiária brasileira, durante a coletiva de imprensa em que apresentou Sege.
Dentro do custo total de propriedade, além de uma manutenção menos freqüente e mais fácil, a 3Com defende a aderência dos produtos ao conceito de TI Verde, em síntese, produtos que consomem menos energia elétrica – em torno de 25% de economia, no caso da 3Com.
A empresa de Ron Sege, no entanto, não está isolada nesta defesa. Nos últimos dias, Nortel e D-Link comunicaram ao mercado brasileiro as suas respectivas visões sobre a proteção do meio ambiente. A primeira por meio da divulgação do caso de sucesso da Voxline – provedor de serviços de contact center, que estima uma queda de 65% no consumo de energia elétrica após instalar as soluções de convergência e telefonia IP da Nortel, o Nortel Contact Center 6.0 e o CS1K.
Foram implementadas quase 800 PAs baseados em tecnologia IP juntamente com uma nova infraestrutura, com switches ERS (Ethernet Routing Switch) 8600 no Core e ERS4500 na borda. Em comunicado, a Nortel afirma: “Ao analisar o período de um ano, o Voxline economizou 123.617,8 quilowatts de energia, 421,8 milhões de Btus ou R$ 84.134,27 (65%) em custo para manter a operação”.
Já a D-Link intensificou suas ações em torno do desenvolvimento de soluções aderentes ao que batizou de Green Ethernet. O novo portifólio inclui switches, roteadores Wi-Fi, storages e porta-retratos digitais habilitados para internet, e a empresa promete, para breve, o lançamento dos adaptadores de rede Powerline também na versão “verde”.
Os novos produtos fazem parte de um programa da companhia que visa adaptar todas as suas soluções ao conceito Green Ethernet, cujos pré-requisitos são: economia de energia; aderência às iniciativas verdes – tais como WEEE (Resíduos de Equipamentos Eletro-Eletrônicos), RoHS (Restrição de Substâncias Perigosas) e ENERGY STAR (gerenciamento de energia); e utilização de embalagens ecológicas sustentáveis – tais como o design sem tinta de soja.
"Passamos por um extenso processo para adaptar os nossos produtos ao conceito de tecnologia verde, já que eles devem atender a requisitos e iniciativas específicos antes de serem qualificados", afirma Adriano Luz, gerente de marketing de produtos da D-Link Brasil.
Defendendo o meio ambiente, os fabricantes de dispositivos de rede seguem defendendo o próprio bolso, já que se alinham a uma tendência mundial de corte de custos. “Ninguém investiria em TI Verde se não enxergasse benefícios financeiros”, reconheceu Adriano Gaudêncio, da 3Com.