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Febraban Tech: Bancos precisam evoluir para ficar à frente da economia digital

Especialista em dados do Itaú Unibanco apontou que IA vai trazer uma nova categoria de empresas disruptivas e que bancos precisam estar preparados para isso 

Durante o painel “Data driven, IA generativa e os algoritmos da economia digital”, realizado hoje (29/6) no Febraban Tech 2023, Moisés Nascimento, Chief Data Officer (CDO) do Itaú Unibanco, destacou que uma nova economia está se formando a partir da inteligência artificial (IA). Ele apontou que, do mesmo jeito que a conectividade permitiu que empresas como Netflix e Uber surgissem, a IA vai abrir um novo mercado para empresas que a colocam no centro de seu negócio. 

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“Nosso papel é evoluir para que possamos estar à frente dessa economia, criando uma estratégia que inclua os dados e a IA no centro de negócios”, afirmou. Segundo ele, a inteligência artificial já está sendo utilizada no setor e deve aumentar sua influência. “A velocidade e capacidade de usar os dados que vai determinar a competição.” 

Atualmente, o Itaú Unibanco tem apostado em nuvem para trazer mais agilidade e em pessoal capacitado, com cerca de 300 cientistas de dados na empresa. O uso de analytics é focado para trazer melhor experiência do cliente e Nascimento aponta que governança de dados é a chave do processo. “Usamos machine learning para ajudar na gestão de dados e poder interpretas metadados”, complementa. 

No Santander não é diferente. Laila Kurati, líder de Data Strategy & Management do banco, aponta que há todo um esforço para estruturar dados e garantir um alicerce para a implantação de todo potencial da IA. A opção foi por organizar os dados por contexto de negócio para facilitar o uso e a gestão. 

“Adotamos um modelo federado para trabalhar próxima à área de negócio, acelerando o time to market”, diz a especialista. Além disso, sua área é responsável por garantir a anonimização e atualização dos dados, além garantir que só tem acesso às informações quem precisa usar a plataforma. 

Para ela, ainda será preciso discutir a questão ética da inteligência artificial e sobre como usar os dados. Laila diz que é um desafio que o setor bancário vai precisar aprender a resolver, já que lida com muitos dados sensíveis. “Há um debate amplo sobre como utilizar os dados de forma ética e realizamos estudos para saber o quanto o risco compensa”, conclui. 

 

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