Copa, Olimpíadas, ensino à distância e telemedicina devem absorver este serviço. A consultoria mundial Dataxis calcula que o número de assinantes de televisão de alta definição na América Latina cresceu 1.327% entre 2009 e 2010.
A Global Crossing finaliza a incorporação da Genesis Solutions com foco estratégico nas possibilidades de negócios via streaming. “A América Latina se prepara para sediar os jogos Pan-Americanos de 2011, em Guadalajara, México; a Copa do Mundo de 2014, no Brasil; e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro; além das inúmeras possibilidades de aplicações em telemedicina e ensino à distância”, vislumbra Yuri Menck, diretor de marketing estratégico e comunicações.
O mercado de assinantes de televisão de alta definição experimenta crescimento acelerado nesta região. De acordo com a Dataxis, uma empresa de pesquisa global focada nos segmentos de TV a cabo e satélite, o número de assinantes de televisão de alta definição na América Latina cresceu de 215 mil, em 2009, para mais de três milhões em 2010, uma taxa de crescimento de 1.327%.
Yuri acredita que no Brasil isso se deve de forma significativa à ampliação da classe C, que não só começou a usar mais Internet banda larga, como também fez com que a TV por assinatura se popularizasse. “E com a incorporação da Genesis há dois ou três meses, ampliamos nosso portifólio para também manipular vídeo e gerenciar tráfego de imagens”.
Segundo ele, está havendo uma migração do acesso à Internet doméstico, para a navegação móvel e o próprio consumo tradicional de TV por assinatura nestes ambientes para smartphones e iPads, que por sua vez têm experimentado incremento visível da demanda.
“A própria navegação teve alteração de alguns anos para cá: de internautas que consultavam mais arquivos estáticos, de texto, em casa, nos tornamos navegadores com mobilidade, que acessamos vídeos e mapas e para dar conta de arquivos mais pesados, o mercado avançou para que a banda e a velocidade aumentassem”, analisa.
Na América Latina, a empresa já pode trabalhar streaming na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Panamá, Peru, México, Venezuela e região do Caribe. O executivo revela que a receita da empresa tem crescido de 20 a 30% no Brasil, desde a compra da Inpsat, em 2007, “o que representa um desafio e tanto, já que o IDC verificou crescimento no mercado de TI e Telecom de 8% neste País”.
Entre os negócios de transmissão de dados e data center na América Latina, a receita relacionada ao primeiro tipo de serviço responde por cerca de 30 a 40% das vendas da empresa. A companhia tem clientes cujos contratos vão de cinco a dez anos. No continente mantém 15 data centers, três deles no Brasil: em Curitiba (PR), Rio de Janeiro e Cotia (SP) são 5000m2 de piso elevado. “Se percebemos uma demanda do mercado, levamos de dois a quatro meses para ampliar estra metagem”, explica. E a demanda para isso não parece dar sinais de estancar tão cedo.