IPv6

Global Crossing recomenda cautela e constância na integração de IPv6

Suporte acontece em diferentes canais.

Para o executivo da Global Crossing, provedora líder global de soluções em IP, Ethernet, data center e vídeo, pioneira em rede global integrada baseada em IP, a migração do IPv4 para o IPv6 pode ser aos poucos, mas não adiada indefinidamente. “Se os seus equipamentos não tiverem hoje capacidades IPv6, faça um investimento mínimo em algum tipo de infraestrutura compatível”, aconselha Dave Siegel, vice-presidente de gerenciamento do produto serviços IP, que liderou a equipe da empresa para o Dia Mundial do IPv6.

Siegel propõe que as companhias pensem em um plano de endereçamento, arquitetura e design, testem com um fornecedor de pilha dupla para ter certeza de que a configuração usada está de acordo com as especificações utilizadas. “A migração para IPv6 pode levar alguns meses ou anos, dependendo do quão agressivo for o plano de mudança, os recursos de rede necessários e o hardware que terá que substituir. Há tempo para fazer a troca do IPv4 para o IPv6, mas não arrisque a sua organização ao adiar ainda mais”.

Para facilitar a transição, Anthony Christie, principal executivo de TI da provedora, recomenda que as empresas escolham um fornecedor de rede que opere uma rede de pilha dupla, capaz de rotear IPv6 e IPv4 lado a lado na rede, para que uma conexão WAN (wide area network) ou de Internet comporte-se como um caminho IPv4 e IPv6 simultaneamente.  Desta maneira, a Global Crossing faz com que seus clientes testem uma implementação IPv6 totalmente funcional, sem desligar sua antiga configuração IPv4. A provedora permite ainda que o cliente retenha acesso às partes da Internet que ainda não tiverem feito a transição para IPv6.

A tendência é de que as empresas esperem a novidade amadurecer para que possam adotá-la. A questão sobre o esgotamento dos IP´s estava focado nos provedores (ISP/Carrier), mas não nas empresas do segmento corporativo, que não sentiram a necessidade e importância em adquirirem tecnologias que operem em dual-stack (IPv4 e IPv6), sem sentir a urgência. Atualmente, as empresas usuárias dos endereços IPv4 das redes de seus provedores não avaliam que precisam migrar para o IPv6 a curto e médio prazo. Por algum tempo, os provedores de serviços farão a interconexão entre as redes IPv4 e IPv6, permitindo que clientes do protocolo antigo continuem operando. Daqui algum tempo, os fabricantes de equipamentos de rede devem concentrar seus produtos em IPv6, assim as empresas estabelecidas devem aproveitar momentos de atualização tecnológica de seus equipamentos para efetivamente realizar sua migração. A adoção do IPv6 não deve se basear somente na configuração dos endereços IPv6, mas se estender à toda rede corporativa das companhias, alcançando também os equipamentos e aplicações dos usuários finais.

A Global não atende clientes com o protocolo, mas com serviço, que para a provedora é o mesmo: Internet. São significativos os ganhos de performance e segurança com o IPv6, mas ainda não podem ser aproveitados integralmente por essa questão de compatibilização.

A provedora destaca as mesmas vantagens do IPv6 apontadas por outras empresas: mais segurança para assegurar a confidencialidade e a integridade da informação transmitida e melhor criptografía das comunicações, possibilidade de reserva de recursos de forma otimizada (Flow Label) para aplicações como áudio e vídeo em tempo real, novas facilidades que promovem a mobilidade e estimativa de que a quantidade de endereços v6 não se esgote em um futuro previsível, o que possibilitará que a tecnologia desenvolvida poderá crescer por muito tempo.

O suporte técnico da Global Crossing atenderá clientes e visitantes em teste da sua capacidade de conectar ao site IPv6 da empresa amanhã (8). A provedora tem entregado IPv6 por meio do seu backbone Tier 1, baseado em MPLS, em uma configuração de pilha dupla, desde 2001. Qualquer usuário que tenha dificuldades de acessar o website da Global nesse dia, poderá encontrar suporte e dicas em tempo real na sua página corporativa do Facebook, buscar dados pela hashtag especial em seu Twitter #IPV6DAY >>, enviar e-mails, conversar com os especialistas em IPv6, publicar comentários no blog da empresa, além de conversar com um representante da empresa no portal do cliente uCommand.

A estimativa do NIC.br, apesar da dificuldade de previsão, é de que se o mercado não apresentar alterações, os endereços IPv4 estarão disponíveis até 2012. “Fora isso, alguns provedores ainda podem ter um pequeno estoque próprio para atender seus clientes, o que dará uma pequena sobrevida adicional. De qualquer forma, imagina-se que em um horizonte de 5 anos já estejam esgotados”, estima Victor Maeda, gerente de produto da provedora.

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