Meta do programa era levar, até 2018, banda larga de 25 Mbps via fibra óptica a 45% dos domicílios do país. Hoje, 10% das residências brasileiras têm acesso à fibra óptica (*).
O Ministério das Comunicações lançará o programa Banda Larga para Todos com redução de algumas das metas de ampliação do acesso à Internet previstas inicialmente, noticiou a agência Reuters com informações de uma fonte oculta do governo.
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“Temos de ajustar o tempo dos investimento para adequá-lo ao apetite do mercado e às finanças públicas”, disse a fonte, que falou sob condição de anonimato. “Estamos reestruturando a dimensão (do programa) e o tempo (de investimentos) para que se encaixe no orçamento.”
Promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff, a iniciativa tem por objetivo levar até 2018 banda larga de alta velocidade (25 Mbps) via fibra óptica a 45% dos domicílios do país com investimento público e privado. Hoje, 10% das casas no Brasil têm acesso à fibra óptica.
Cálculos iniciais do governo previam que o projeto demandaria investimentos de 50 bilhões de reais, cifra considerada alta por representantes do setor de telecomunicações.
Segundo a fonte ouvida pela Reuters, a meta de chegar com fibra óptica a 45% dos domicílios deve ser reduzida, o que fará com que a velocidade também caia, uma vez que isso depende da infraestrutura.
A fonte, porém, evitou dar mais detalhes, porque as novas metas ainda estão em estudo.
A previsão é que o programa seja lançado em meados de outubro, disse a fonte. Inicialmente, a ideia era que saísse no primeiro semestre, conforme disse em maio o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini.
Consultado, o Ministério das Comunicações informou que o programa deverá ser lançado no início do segundo semestre, sem especificar o mês. Por meio de sua assessoria de imprensa, o ministério negou que as metas serão reduzidas.