Futurecom 2022

Hospital das Clínicas adota rede 5G e Open RAN para agilizar exames de ultrassom

Com o avanço do 5G em 2022, os padrões de rede de acesso por rádio aberto – Open RAN – começam a crescer e atrair o interesse de alguns dos maiores players do mercado.  Na visão de vários especialistas, o setor de telecomunicações caminha em direção a um modelo de tecnologia aberta.

De maneira simplificada, o Open-RAN é uma junção de combinações de software de estações base modular com hardware com o intuito de gerar um ecossistema aberto de provedores. A ideia é acelerar a inovação, o tempo de desenvolvimento e reduzir custos, ao contrário do que temos atualmente com as redes de tecnologias fechadas.

O painel “Open RAN: uma estrada que precisa ser construída por todos”, que ocorreu na Futurecom, mostrou como a tecnologia Open Ran vem beneficiando setores importantes no país, como o da Saúde.

O Hospital das Clínicas inaugurou recentemente uma rede privativa 5G aberta, baseada em arquitetura Open RAN, batizada de OpenCare 5G. Para colocá-la em uso, começou um projeto-piloto de ultrassom e tomografia a distância.

Marco Bego, Diretor Executivo e Chief Innovation Officer no InovaHC, participou da iniciativa e salientou os benefícios do projeto para a saúde pública.

“Como no Brasil está começando o processo do 5G, na saúde é muito fácil você demonstrar o impacto em pouco tempo. A ideia é ver o exame de ultrassom em tempo real. O médico sabe que a pessoa precisa fazer o exame, mas ele não consegue estar lá sempre. A tecnologia do Open RAN está ajudando muito no atendimento e, consequentemente, salvar vidas, diz Bego”.

A rede foi desenvolvida com o apoio de parceiros: Itaú Unibanco, Siemens Healthineers, NEC, Telecom Infra Project (TIP), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Todos eles foram mobilizados pela Deloitte. A japonesa NEC atua como integradora do projeto.

Para Márcia Ogawa, Sócia-Líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da Deloitte, as operadoras precisam se adaptar ao novo cenário estabelecido pela tecnologia do Open-RAN. Ela acredita que o setor carece ainda de uma coordenação para o ecossistema se consolidar.

“Como Open Ran envolve a participação de vários parceiros, precisa ainda maturar bastante o mercado. É necessário ter alguém para direcionar um caminho. Essa coordenação envolve muita estratégia, você precisa analisar quais aplicações se encaixam em bancos, hospitais, em cada setor em específico. Conforme as pessoas e o próprio mercado irem conhecendo e adotando aplicações de Open Ran”, o nível de maturidade vai aumentar do setor, explica Márcia.

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