Análise Setorial

Inadimplência das empresas registra queda em fevereiro

Títulos protestados e dívidas com os bancos foram os principais responsáveis pelo recuo do índice no mês.

Após ter iniciado o ano em alta, o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas registrou queda de 14,8% em fevereiro, na comparação com janeiro deste ano. Na variação anual – fevereiro de 2014 contra o mesmo mês de 2013 – o indicador apresentou alta de 7,6%. No primeiro bimestre do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, o índice também teve crescimento de 9,4%.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, o recuo da inadimplência das empresas em fevereiro de 2014 contra janeiro (-14,8%) refletiu o menor número de dias úteis em fevereiro. Entretanto, as altas de 7,6% em fevereiro de 2014 contra fevereiro/13 e de 9,4% no primeiro bimestre deste ano comparativamente ao mesmo período do ano passado revelam que as empresas estão com maior dificuldade em honrar seus compromissos neste ano. O baixo dinamismo da economia e o custo financeiro mais alto, devido às sucessivas elevações nas taxas de juros que vem ocorrendo desde abril do ano passado, são fatores que justificam o aumento da inadimplência das empresas na comparação interanual.

Os títulos protestados e as dívidas com os bancos foram os principais responsáveis pela queda do indicador em fevereiro de 2014, com variações negativas de 29,4% e 18,9% e contribuições negativas de 8,6 p.p. e 4,4 p.p., respectivamente. Os cheques sem fundos também apresentaram queda de 12,2% e contribuíram de forma negativa com 2 p.p.. Já as dívidas não bancárias (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) cresceram 0,7% e contribuíram para que o índice não caísse ainda mais em fevereiro de 2014.

Valor médio dos cheques sem fundos cai

O valor médio dos cheques sem fundos caiu 25,1% no primeiro bimestre de 2014, na comparação com o mesmo período do ano anterior. As dívidas com os bancos também apresentaram declínio de 2,2%%. Já os títulos protestados e as dívidas não bancárias registraram alta de 9% e 11%, respectivamente.

 

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