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Industrial Edge: Como a computação de borda pode ampliar a produtividade na indústria

A 4ª Revolução Industrial, ou Indústria 4.0, é marcada pelo uso da Internet das Coisas Industriais (IIoT), realidade aumentada, robótica, entre outras soluções. Toda essa tecnologia reflete em uma melhor produtividade por meio de processos mais eficientes, rápidos e flexíveis que permitem reduzir custos de produção e maximizar os níveis de qualidade, mas também demanda processamento e armazenamento de grandes volumes de dados. Como resposta, surge a computação de borda, que permite processar todos os dados diretamente na linha de produção, diminuindo a latência e aumentando a velocidade de resposta.

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Quem explica a necessidade da edge computing na indústria é Kênia Paim, diretora de Vendas Secure Power Brasil da Schneider Electric: “Trabalhar todos os dados gerados por um fábrica 4.0 em um data center centralizado (seja ele próprio, nuvem pública ou privada) tornaria o processo muito lento e improdutivo, perdendo todas as vantagens de se trabalhar de forma digital”. 

Isso porque é necessário ter uma resposta em tempo real, tanto em um contexto de tomada de decisão em cima de big data como em um processo produtivo que utiliza realidade aumentada. “Pelo que vimos até agora, para obter resultados ótimos em processos digitalizados, é necessário que haja micro data centers descentralizados, localizados na edge, ou seja, na borda ou no local onde os dados são gerados”, explica. 

Esse data center de borda deve estar vinculado a um data center maior, diz ela, seja regional ou baseado em nuvem, ou ambas as opções simultaneamente. “Ter o processamento e armazenamento dos dados ao pé da máquina, onde os dados são gerados, e onde é necessário analisá-los em tempo real para a tomada de decisões, é realmente o diferencial que as indústrias têm hoje para otimizar seus processos e seus custos de produção”, afirma a executiva. 

Em um cliente da Schneider Electric, uma metalúrgica ligada ao setor de óleo e gás, houve a dificuldade de lidar com o surgimento de 4,6 mil dados por segundo, gerados em um data center centralizado baseado em nuvem própria. “Isso trazia uma infinidade de problemas, fundamentalmente associados à latência das informações, que não permitiam o manuseio correto dos dados e sua utilização no processo de realidade aumentada para o controle de qualidade do produto final”, explica Kênia. 

Como solução, a Schneider Electric ofereceu uma série de micro data centers edge de um rack, localizados em cada uma das oito salas de produção, cada um deles vinculado ao data center central. Dessa forma, o processamento ocorria diretamente ao lado da linha de produção. 

Desafios na implementação do Industrial Edge 

Kênia chama a aplicação de computação em borda na indústria de Industrial Edge. A diferenciação ocorre porque o setor tem uma complicação na hora de implementar esta tecnologia: o ambiente produtivo. O nível de poluição da linha de produção, a temperatura, umidade e até a facilidade de acesso ao local por pessoal não qualificado são alguns dos desafios na hora de implementar a edge computing na indústria. 

“Nos diferentes tipos de indústrias, podemos encontrar ambientes agressivos, como fábricas, centros de distribuição, etc.”, lembra a executiva. ‘Na Schneider Electric, vemos três desafios principais a serem superados: o gerenciamento de big data, que pode incluir o investimento inicial em equipamentos e sensores IIoT; a integração de processos que atualmente estão desconectados ou gerenciados como silos; e a tomada e decisões baseada nas informações geradas, em tempo real.” 

Para solucionar esses desafios, é necessário tecnologia, planejamento e parceria. A própria Schneider Electric oferece softwares e serviços para aplicações Edge, em conjunto com um ecossistema de parceiros que permitem a integração das soluções que oferecemos juntamente com as soluções oferecidas pelos principais fornecedores do mercado de TI, como a HPE, Dell, Cisco, entre outro, além de fornecedores de software de gestão industrial, como o Aveva. 

“Mas, para que as empresas possam digitalizar seus processos, certamente, vão ter de superar desafios, como segurança física e cibernética, implantação de planos de ação e gestão de ativos, redes, etc. Todos esses desafios devem ser levados em consideração ao desenvolver um plano de digitalização”, conclui a executiva. 

 

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