Avaliação é do consultor Terry Jones, fundador e presidente do portal Kayak.com e atual presidente do Wayblazer.
Por Nelson Valêncio para Portal IPNews (*)
Disrupção é o tipo de palavra que causa arrepios em alguns executivos e não somente naqueles que trabalham para indústrias mais tradicionais. O efeito de medo acontece exatamente porque o termo, que começa com a letra d, funciona como um tsunami. E vários desses maremotos são nossos conhecidos: o Uber, que ocupa espaços de táxis e de serviços de limusine, o Airbnb, que concorre com grandes redes de hotéis, e o Kaiake, portal de informações sobre viagens, incluindo tarifas aéreas e hotéis.
Tão fácil que até um adulto pode usar
O que eles têm em comum, segundo Jones é o fato de serem aplicativos. E ótimos app. Tão bons que comercializam serviços de transporte de passageiros, sem ter nenhuma frota, e quartos, sem possuir um só hotel físico. E como sobreviver a tal universo?
Para Jones, a resposta é virar a moeda. Porque inovação seria a outra face da d (isrupção). Ele cita o caso da American Airlines, que introduziu inovações como os bilhetes eletrônicos antes que outro player – sem aviões – tomasse a dianteira. Segundo Jones, a empresa aérea teve clareza e foco ao inovar, duas qualidades necessárias para o processo.
Ele também acredita que equipes pequenas – fazer mais com menos – são mais interessantes, porque evitam os problemas de custos de escala. A punição, por outro lado deve ser concentrada nos projetos e não nas pessoas. Jones não nega que existem riscos no processo, mas ferramentas avançadas que permitem a simulação de projetos podem ser um dos recursos para minimizar as ameaças.
A simulação, aliás, faz parte da cartilha do presidente e CEO da Siemens PLM, outro keynote speaker do primeiro dia do Siemens PLM Connection. Essa etapa faz parte de uma escala que envolve a digitalização, organização, conexão, análise, predição e prescrição. São fases em que as plataformas de gerenciamento do ciclo de vida de um produto (PLM) e de gerenciamento de operações de fabricação (MOM) podem ser melhor visualizadas e operacionalizadas.
Grinstaff cita o exemplo de montadoras que estão avançando além da criação de carros com direção autônoma para um cenário onde vários veículos desse tipo compartilham informações criando uma rede de frotas. Também é mundo dos aviões sem piloto. Os drones, para o executivo da Siemens assim como para o consultor Jones, são o resultado entre os projetos reais de avião e os aeromodelos.
(*) O jornalista Nelson Valêncio viajou a Orlando a convite da Siemens PLM.