Economia Digital

Mais da metade dos CEOs priorizam orçamento para ESG

Estudo feito pela EY mostra que 36% das empresas atuantes no Brasil dizendo que direcionam volume significativo de capital para essas ações e 16% afirmando que dedicam recursos substanciais.

Sustentabilidade é, no mínimo, tão importante quanto outras prioridades de negócio na estratégia de investimentos, com 36% das empresas atuantes no Brasil dizendo que direcionam volume significativo de capital para essas ações e 16% afirmando que dedicam recursos substanciais, de acordo com estudo da EY.

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Mais da metade dos CEOs (52%) priorizam o investimento em iniciativas ESG, revela o estudo CEO Outlook Pulse, produzido pela EY, que entrevistou 50 CEOs no Brasil. Para 16% dos executivos, as iniciativas de sustentabilidade estão na linha de frente da estratégia de alocação de capital de suas empresas, com a dedicação de recursos substanciais para suportá-las.

Já para 36%, as iniciativas de sustentabilidade são prioridade, com alocação de parcela significativa dos investimentos para seu financiamento. Outros 34% afirmam que a alocação de capital para iniciativas de sustentabilidade está no mesmo nível de outras prioridades de negócio. Apenas 14% indicam que as iniciativas de sustentabilidade são consideradas por suas empresas na alocação de capital, mas não recebem peso significativo.

A amostra brasileira faz parte de um levantamento abrangente que ouviu mais de 1,2 mil CEOs de organizações do mundo todo com receita superior a US$ 1 bilhão no último ano fiscal. O estudo demonstra o quanto o investimento em políticas e programas ESG tornou-se questão de sobrevivência para as organizações desde que os investidores passaram a considerar essas ações na lista de prioridades para alocação de capital.

As empresas têm se movimentado no Brasil e no mundo para viabilizar essas iniciativas em áreas diversas voltadas, entre outras, para a redução das emissões de carbono; melhora da saúde e do bem-estar dos colaboradores; e estímulo à diversidade na composição da força de trabalho.

Oito em cada dez investidores consideram que as empresas devem fazer investimentos endereçando questões ESG relevantes para seus negócios, mesmo que isso reduza seus lucros no curto prazo, conforme demonstrou outro estudo da EY, com a participação de mais de mil CFOs, além de 320 investidores institucionais.

Os CEOs têm inclusive considerado aumentar os investimentos em sustentabilidade das organizações que lideram, com destaque para meio ambiente e questões sociais. Essa estratégia centrada em ESG é, para eles, a mais adequada para sair mais forte do ambiente econômico desafiador do mundo de hoje.

As empresas enfrentam dificuldades sobre como padronizar essas divulgações de forma que possam ser interpretadas como confiáveis pelos investidores, possibilitando a eles tomar suas decisões de investimento. Aparentemente, eles estão insatisfeitos com essas divulgações, com a maioria, de acordo com o estudo Global Reporting and Institutional Investor, da EY, afirmando que as organizações falham em criar relatórios mais aprimorados, abrangendo divulgações financeiras e de ESG.

Para 76% dos investidores, as empresas são altamente seletivas na escolha das informações sobre ESG que vão fornecer ao mercado, o que desperta questionamentos sobre greenwashing, prática caracterizada pela divulgação falsa ou imprecisa por parte das empresas de iniciativas de sustentabilidade.

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