*Redação InfraDigital
O crescimento das redes de longa distância definidas por software (SD-WAN) também deve movimentar o mercado de provedores regionais (ISPs), e não somente as grandes operadoras. Para Carlos Eduardo Sedeh, CEO da Megatelecom, a tecnologia pode ser um produto de valor agregado porque, além da oferta de link de alta velocidade, as ISPs podem garantir a segurança também do lado do cliente. “Elas podem favorecer essa oferta com otimização do tráfego, o que reduz o custo de transporte”, explica o executivo.
Sedeh destaca que a Megatelecom já oferece o serviço com o nome de SD-WAN Segura. O pacote inclui firewalls com inteligência nativa de balanceamento de carga dos links e priorização de conteúdo WAN. Assim como ocorre com outras operadoras, a oferta envolve parceiros, no caso a Fortinet. O diferencial, na avaliação do CEO, é que a operadora atua como provedor de serviços com custo operacional menor do que as empresas de telecomunicações tradicionais. Isso ocorre, argumenta o executivo, porque o pacote de SD-WAN é personalizado tanto técnico como financeiramente e tem um modelo enxuto.
“Na escolha desse parceiro levamos em consideração a presença no mercado e custo-benefício. Hoje, a Fortinet é a maior fabricante de segurança do mundo e está entre as líderes do segmento, segundo a Gartner. E um diferencial desse produto é que o firewall pode substituir vários equipamentos na rede do cliente”, detalha Sedeh.
Além do desenho da oferta, ele tem claro o tipo de cliente potencial: aqueles que precisam de uma rede de longa distância segura. Para o executivo, não adianta balancear os links e priorizar conteúdo se não houver inspeção do pacote. A solução também é adequada para as empresas que possuem custo alto com redes MPLS, pois a solução de SD-WAN vem como uma alternativa de baixo custo e alto desempenho.
A implantação é feita racionalmente, segundo ele, e envolve um firewall que possui o recurso de SD-WAN. “A grande diferença é que independentemente do link utilizado, todas as conexões devem chegar ao firewall para que haja o controle, balanceamento e comutação automática em caso de degradação, além de priorização de conteúdo”, detalha Sedeh. Uma vez instalada, a SD-WAN leva à facilidade da gestão e redução de latência, o que reflete em experiência de navegação a conteúdo específico, monitoramento do tráfego com alertas automáticos e relatórios completos.
“Um exemplo prático é de um cliente que possui seis escritórios que precisavam estar conectados entre si. Para isso, havia contratado links dedicados entre os endereços, o que aumentou o custo de infraestrutura. Mas, ao incluir a SD-WAN Segura, ele pode contratar dois links de internet em cada localidade, garantindo redução de custo e aumento da disponibilidade”, exemplifica.
A segurança – sempre apontada como um desafio – é endereçada pelo controle sobre o conteúdo trafegado e com a inspeção de segurança ativa: apenas os sites cadastrados podem ter acesso à rede do cliente. De acordo com Sedeh, o ponto-chave é que o cliente decide que tipo de acesso terá prioridade, permitindo bloquear ou limitar o tráfego de conteúdo menos importante para a produtividade dos colaboradores.
Apesar do crescimento, a SD-WAN tem algumas barreiras a vencer, incluindo o conservadorismo dos investimentos em tempos de pandemia. “O investimento de saída, sobretudo em redes MPLS com complexas cláusulas de ruptura, atrapalha um pouco”, complementa Sedeh. “Outro ponto que pode ser considerado uma barreira é o ainda desconhecimento da solução por parte de alguns profissionais de TI, causando a insegurança da troca”, finaliza.
(*) Nota do Editor – a Megatelecom será uma das palestrantes do evento “Como monetizar a oferta de serviços de telecom com SD-WAN Segura”, promovido pela iniciativa InfraDigital no dia 22/06, das 17h às 18h30. As inscrições são gratuitas e a transmissão ao vivo ocorrerá pelo YouTube. Inscreva-se já aqui!
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