Acordo entre as duas empresas prevê que a Vodafone desmembre a unidade de negócios IoT ainda em 2024; ambas investirão na nova empresa utilizando o expertize de computação em nuvem da Microsoft e a plataforma de IA da Vodafone.
Em um acordo de 10 anos, Vodafone e Microsoft estarão juntas na exploração de novos negócios em internet das coisas (IoT), principalmente na Europa e na África. O negócio já nasce com uma operação consolidada. A Vodafone se comprometeu a desbembrar a unidade de negócios IoT até abril deste ano e investirá US$ 1,5 bilhão, ao longo dos 10 anos do acordo, para desenvolver serviços de nuvem e IA com a empresa norte-americana. A Microsoft também se comprometeu a utilizar os serviços de conectividade fixa e móvel da Vodafone de alguma forma em troca.
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A Vodafone se juntará ao ecossistema Azure, disponibilizando a sua plataforma IoT aos desenvolvedores da Microsoft e à comunidade de terceiros através de APIs abertas. Também integrará a IA generativa da Microsoft (OpenAI) em “todos os pontos de contacto do cliente Vodafone” e o seu sistema Copilot para processos internos. Um comunicado dizia: “A nova empresa atrairá novos parceiros e clientes… para conectar mais dispositivos, veículos e máquinas”.
O acordo é descrito como “de longo alcance”, focado na expansão da plataforma IoT gerenciada da Vodafone para “300 milhões” de empresas privadas, agências governamentais e consumidores, bem como na integração de IA generativa principalmente para “experiência do cliente”. Curiosamente, a missão geográfica é principalmente “Europa e África”, e não mais global, de acordo com uma declaração conjunta.
“A Vodafone [irá] expandir os negócios empresariais com novos serviços Microsoft para PMEs”, afirmaram. Há uma referência no comunicado de imprensa a “novos serviços digitais e financeiros para empresas” e à ligação dos centros de dados da Vodafone ao Azure para “reformar” também a sua estratégia global de nuvem. O uso de IA generativa na Vodafone será “baseado em políticas imparciais e éticas de privacidade e segurança no âmbito da estrutura estabelecida pela Vodafone para IA responsável”, afirmou.
Além de dimensionar a IoT, integrar a IA generativa e o seu foco duplo nas vendas empresariais e na transformação da nuvem, o foco principal da colaboração é a plataforma de serviços financeiros da Vodafone, M-Pesa, na África. O M-PESA será transferido para o Azure e novas aplicações em nuvem serão lançadas, disse a Vodafone. A dupla também lançará um esquema para melhorar as competências digitais e a sensibilização dos jovens, e desenvolver serviços digitais para o mercado de PME mal servido em África.
Sobre as suas estratégias empresariais e de nuvem, a Vodafone afirmou: “A Vodafone ampliará o seu compromisso de distribuição de serviços Microsoft, incluindo o Microsoft Azure, soluções de segurança e ofertas de trabalho moderna como parte da sua estratégia para se tornar a plataforma líder de negócios da Europa. Isto permite que os clientes empresariais implementem os serviços cloud da Microsoft em ritmo acelerado e com baixos custos de adoção e funcionamento, [e] apoiem… 24 milhões de PME em toda a Europa através de… uma plataforma gerida.
“A Vodafone irá acelerar a sua transformação na cloud, modernizando os seus data centers no Microsoft Azure. Isto irá melhorar a sua capacidade de resposta aos clientes, ao mesmo tempo que simplifica e reduz os custos operacionais do seu património informático. A Vodafone será capaz de substituir vários data centers físicos por virtuais em toda a Europa, simplificando e reduzindo os custos operacionais do seu património digital, bem como reduzindo as necessidades de energia.”
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