O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, defendeu que os serviços de banda larga deveriam ser universalizados e prestados de forma similar ao Sistema Único e Saúde (SUS).
“Estamos muito atrasados nessa discussão sobre oferta de banda larga à população. Enquanto estamos discutindo banda larga, em países desenvolvidos como os Estados Unidos a discussão já é sobre o fornecimento de banda ultralarga, com potencial para transmitir dados numa velocidade de 100 megabits (Mbits)”, disse o ministro nessa segunda-feira (16) durante a abertura do seminário internacional “Alternativas para o Desenvolvimento da Infraestrutura e do Acesso em Banda Larga”.
Para ele, em condições ideais, a banda larga deveria ser um serviço prestado de forma universal e similar à adotada pelo SUS, uma vez que a exemplo da saúde, o acesso à informação também é uma das prioridades nacionais. “O Estado tem o dever de ofertar banda larga à população. Não se trata apenas de tecnologia, mas de acesso à informação.”
O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg, concorda com o secretário. Segundo ele, o SUS é um sistema universal, e o que se pretende é fazer o mesmo com a banda larga no país. “Quem critica o SUS é quem não usa o SUS”, acrescentou.
Pinheiro Gumarães criticou também os baixos investimentos em pesquisas científicas e tecnológicas no país, o que fica evidente ao se contabilizar o baixo número de patentes brasileiras registradas internacionalmente.