Negócios

Números do leilão do 5G: expectativa de R$ 169 bilhões em investimentos e R$ 141 bilhões em geração de negócios

O leilão do 5G será realizado amanhã (4/11) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A perspectiva do órgão é que o certame movimento R$ 169 bilhões em investimentos nos próximos 20 anos, sendo que R$ 70 bilhões serão investidos pelas operadoras de telecomunicações em todo o Brasil para cumprir as obrigações previstas no edital.

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No estudo Panorama sobre a Evolução do 5G, encomendado pelo Instituto IT Mídia à IDC, a perspectiva é que o leilão consiga gerar US$ 25,5 bilhões em geração de negócios nos próximos quatro anos. A demora para a realização do leilão, no entanto, levou a perda de US$ 2,2 bilhões em conversões de negócios entre empresas (B2B) entre 2020 e 2022, segundo o mesmo estudo. 

A estimativa levava em conta que a realização do leilão em 2020, com os primeiros benefícios das implantações ocorrendo até o final de 2022. Com a pandemia de covid-19, o cronograma foi impactado e diversos adiamentos foram feitos. 

Para Luciano Saboia, gerente de pesquisa e consultoria em Telecomunicações da IDC Brasil, responsável pelo estudo, existe como recuperar o tempo perdido, já que o período de implementação é longo. “Deixamos de gerar negócios para impulsionar tecnologias que já temos aqui no Brasil e com isso ficamos para trás em maturidade digital. O 5G é muito importante para países emergentes, que têm barreiras de conectividade maiores do que os países desenvolvidos”, explica. 

O estudo diz que o leilão deve impulsionar a implementação de tecnologias como Big Data & Analytics, nuvem e, principalmente, Internet das Coisas (IoT). Além disso, devido às obrigações previstas no edital do leilão, o 4G deverá alcançar localidades mais afastadas e aumentar o acesso de brasileiros à Internet. 

Segundo Cristiane Sanches, conselheira da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), o mercado móvel vai trazer mais padronização para as redes fixas em relação à geração de tráfego. Por isso, a ABRINT defende de todas as formas possíveis a participação dos provedores regionais no mercado e a entrada destas no segmento de mobilidade. 

Além disso, a formatação do edital permite que se tenha acesso às redes neutras. “Considerando que o espectro é um bem escasso, o futuro do espectro é o compartilhamento. Se não tivermos esse compartilhamento e um acesso diferenciado à rede móvel, nada vai funcionar e o interior vai restar prejudicado”, afirma Cristiane. 

 

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