*Por Gabriel Amorim
Nos idos de 2005, Ned Kock e John Nosek definiram como e-collaboration a “colaboração entre indivíduos reunidos em torno de uma tarefa comum usando ferramentas eletrônicas”. Naquele ano, a velocidade média da internet via banda larga, estimada pela Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações – ABRINT, era de 2 Mbps e o incipiente 3G prometia um salto em conectividade móvel, ainda restrita a uma navegação lenta e cheia de limitações.
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Em menos de duas décadas, a colaboração online ganhou considerável reforço com progressivas gerações de conectividade e expressivo ganho de velocidade para downloads e uploads. Paralelamente ao exponencial crescimento das bandas de internet, um modelo de armazenamento descentralizado de informações, fora dos datacenters dedicados, surgiu para otimizar a entrega e o fluxo de dados.
O termo Cloud Computing seria cunhado pouco antes da virada do milênio, e não demorou a despontar como tendência no ambiente corporativo (a perspectiva, segundo a consultoria Gartner Group, é que, até 2025, 65% das organizações do globo terão toda ou parte das operações hospedadas em nuvens públicas, privadas ou híbridas).
O casamento da internet ultrarrápida com a computação em nuvem deu origem a um dos principais pilares da transformação digital e das atividades conectadas. Esse movimento foi acelerado por uma pandemia, que levou empresas a reverem as relações de trabalho e adotarem o modelo remoto como alternativa para não parar. Nesse cenário, garantir aos funcionários acesso a documentos e aplicações, num ambiente de trabalho digital monitorado e seguro, foi apenas o primeiro passo.
Manter a produtividade de times, que operam a distância com arquivos e projetos conjuntos, minimizando redundâncias, documentos divergentes e retrabalhos, requer uma estratégia orientada à colaboração assertiva, que inclui compliance e governança corporativa.
Somada a isso, a consolidação de modelos operacionais voltados à experiência do colaborador, como a possibilidade do uso de diferentes gadgets conectados, inclusive dispositivos pessoais, desafia organizações a proverem workplaces escaláveis e robustos, atrelados a ferramentas colaborativas que potencializam o engajamento das equipes e o networking.
Com a iminente implantação do 5G, que amplia não só a velocidade, como a capilaridade das conexões, o desafio das companhias será migrar definitivamente para o ambiente 4.0, o que inclui formatos híbridos de atuação – remoto, presencial ou ambos – e onde pessoas e máquinas poderão interagir de forma colaborativa em redes descentralizadas, compartilhando informações em tempo real, suportadas por tecnologias que incluem o IoT (Internet das Coisas), Aprendizado de Máquina e Inteligência Artificial.
Mas, para usufruir de todos os benefícios que acompanham a conectividade de quinta geração, será necessária a revisão das infraestruturas de TI, uma vez que o 5G é mais sensível a obstáculos. Nesse sentido, empresas que buscam o melhor da colaboração conectada, apoiada pela transformação digital, precisam estudar arquiteturas que elevem a eficiência na gestão de pessoas. *Gabriel Amorim é Sales Engineer da Populos.
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