Copa do Mundo 2014

Operadoras farão cobertura indoor no Itaquerão e Arena da Baixada

Para SindiTelebrasil, atraso pode dificultar implantação da infraestrutura.

As operadoras fecharam um acordo comercial para instalação de infraestrutura indoor para comunicação de dados e voz nas arenas do Itaquerão e Baixada, nas cidades de São Paulo, e Curitiba. E o SindiTelebrasil alertou que os atrasos nas obras podem dificultar a instalação da infraestrutura interna de telefonia móvel.

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As prestadoras iniciaram as negociações com as administrações dos estádios em maio de 2013, e o fechamento do acordo comercial aconteceu há 90 dias para o início da Copa do Mundo, enquanto o prazo médio de instalação desse tipo de cobertura é de 150 dias.

A cobertura indoor está em fase de ajustes em Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. Em Cuiabá, Manaus, Natal e Porto Alegre os acordos comerciais foram fechados e a instalação começou. Em Natal e Porto Alegre, as administrações dos estádios solucionaram os problemas nas salas dos equipamentos, para que as empresas acelerarem a implantação da infraestrutura.

A cobertura indoor usa a mesma tecnologia usada nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e atenderá aos serviços de voz e dados nas tecnologias 2G, 3G e 4G. Para reforçar a capacidade de transmissão de dados para uso gratuito da internet, haverá rede WiFi. No entanto, dos 12 estádios, apenas os de Brasília, Cuiabá, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Salvador já autorizaram a instalação.

As prestadoras Claro, Oi, Nextel, Tim e Vivo fizeram uma parceria para a implantação de um projeto único, com investimentos e infraestrutura compartilhada. Pelo projeto, os equipamentos das empresas ficam instalados em uma sala e dali parte uma rede de fibras ópticas que ligará pequenas antenas distribuídas ao longo do estádio para garantir cobertura nas arquibancadas, camarotes, vestiários, corredores, praças de acesso e estacionamentos.

O total de investimentos previstos para os 12 estádios é de R$ 200 milhões para a colocação da cobertura indoor, numa iniciativa das prestadoras, já que essa infraestrutura não faz parte dos requisitos da FIFA para os estádios nem das obrigações previstas nos editais da Anatel.

Na Copa das Confederações, as empresas obtiveram a liberação dois meses antes da Copa. Em alguns casos, como o do Mineirão e do Maracanã, os prazos foram ainda menores, de 50 e 47 dias, e as  empresas concluíram a instalação depois da competição.  Segundo o Sindicato, durante as partidas, o tráfego nos estádios foi de 1,7 milhão de ligações de telefonia celular e mais de 4,6 milhões de comunicações de dados, incluindo envio de e-mails, fotos e mensagens multimídia, com tamanho médio de 0,5 MB.

O SindiTelebrasil ressalta: “as prestadoras continuarão empenhadas em fechar os contratos com as administrações que ainda não autorizaram a instalação do WiFi, para permitir que todos os torcedores que compareçam aos estádios nos jogos da Copa do Mundo do Brasil tenham acesso ao que existe de mais moderno em serviços móveis”.

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