Segurança

Palo Alto Networks antecipa impactos da nova Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber)

Especialistas da Palo Alto Networks indicam principais previsões, que vão desde regulamentações, fortalecimento de estratégias e até computação quântica.

Em um mundo cada vez mais digitalizado e interconectado, os desafios enfrentados pelas empresas só aumentam, principalmente em relação à cibersegurança. Conforme as organizações identificam as novas necessidades, também avaliam quais medidas de segurança e ações estratégicas se adequam às suas demandas, mas ainda é um longo caminho a ser percorrido.

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Com a chegada de 2024, especialistas apontam a necessidade imediata de adaptação e inovação por parte das empresas que visam se consolidar de forma segura, adotando as novas soluções tecnológicas, de acordo com as previsões do mercado.

Para contribuir com esse avanço, a Palo Alto Networks reuniu três previsões que moldarão significativamente o cenário corporativo esse ano. “Entramos em uma era em que a agilidade e a prontidão para mudanças tecnológicas serão os pilares fundamentais para que as empresas alcancem o tão desejado sucesso corporativo”, afirma Marcos Oliveira, Country Manager da Palo Alto Networks no Brasil.

1. Recursos dos reguladores estarão sob pressão
O crescente nível de complexidade nos ambientes regulatórios coloca os reguladores sob pressão, especialmente diante do rápido desenvolvimento do ecossistema empresarial e das inovações tecnológicas. Esta dinâmica destaca a urgente necessidade de atualização e adaptação por parte dos órgãos reguladores para garantir a eficácia contínua de suas diretrizes, promovendo ambientes de negócios mais seguros e equitativos.

Nesse contexto, o decreto presidencial Nº 11.856, de 26 de dezembro de 2023, instituiu a Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber) no Brasil. A iniciativa tem como objetivo orientar as atividades de segurança cibernética no país, estabelecendo um Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber), responsável por atualizações e cooperação internacional em crimes cibernéticos. A PNCiber visa, entre outros objetivos, desenvolver mecanismos de regulação, promover tecnologias nacionais e garantir a segurança de informações.

“A ideia dessas regulamentações é fortalecer a atuação no ciberespaço, especialmente para proteger crianças, adolescentes e idosos, fomentar pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação, e coordenar a troca de informações entre governo, setor privado e sociedade”, completa o Country Manager da Palo Alto Networks.

2. Conselhos embarcando na segurança cibernética
A crescente complexidade, profissionalismo, constância dos incidentes e modelos de operação dos criminosos exigem o acréscimo do tema cyber como agenda obrigatória e madura nos conselhos. Conforme indicado pelo Global Cybersecurity Outlook de 2023 do World Economic Forum, 86% dos líderes mundiais compartilham dessa preocupação e especialistas em segurança cibernética (93%), preveem que as próximas trincheiras serão virtuais, incluindo tentativas de interrupção de serviços críticos. Os custos globais associados ao cibercrime devem atingir US$ 10,5 trilhões anualmente até 2025, superando danos por desastres naturais e até mesmo ultrapassando o lucro combinado do comércio global de todas as principais drogas ilegais, conforme dados da Cybersecurity Ventures.

Diante desse cenário desafiador, a cibersegurança emergiu como uma prioridade estratégica para os comitês corporativos. Reconhecendo a crescente sofisticação das ameaças digitais, os conselhos administrativos assumem um papel proativo na formulação de políticas e práticas de segurança robustas. Essa mudança de paradigma destaca que a cibersegurança não é mais apenas uma preocupação técnica, mas se tornou uma consideração verdadeiramente crítica nos níveis mais altos da liderança corporativa.

3. Organizações começam a avaliar sua infraestrutura quanto à prontidão quântica
Com os avanços contínuos na computação quântica, as organizações estão começando a avaliar sua infraestrutura quanto à prontidão para a era quântica. A crescente conscientização sobre os impactos potenciais da computação quântica nas estratégias de segurança e criptografia motiva as organizações a antecipar as mudanças necessárias em suas infraestruturas. Esta previsão destaca a importância de uma abordagem proativa para garantir que as empresas estejam preparadas para os desafios e oportunidades que a computação quântica trará.

Um estudo recente da Forrester levantou a hipótese de que os computadores quânticos serão capazes de quebrar todos os cripto-sistemas atuais nos próximos cinco a 30 anos, com a maioria afirmando que há uma chance de 50% a 70% de que isso ocorra nos próximos 5 anos. Essa previsão alarmante destaca a urgência de grandes mudanças na arquitetura corporativa e na infraestrutura de segurança cibernética.

“Hoje, existem projetos de computação quântica em andamento globalmente, em vários setores, à medida que as organizações procuram se preparar para o dia em que essa tecnologia poderá ajudá-las a resolver problemas complexos que a computação clássica sozinha não pode resolver”, afirma o executivo.

Histórico

O Decreto presidencial que institutiu a a Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber) foi publicado no Diário Oficial da União no dia 27 de dezembro. O decreto, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, institui também o Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber), grupo ao qual caberá propor atualizações tanto para o PNCiber como para seus instrumentos, no caso, a Estratégia Nacional (e-Ciber) e o Plano Nacional de Cibersegurança (p-Ciber).

Caberá também ao comitê sugerir estratégias de colaboração para cooperações técnicas internacionais na área de crimes cibernéticos. A secretaria-executiva do CNCiber será exercida pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI).

A composição do CNCiber será formada basicamente por representantes do governo, da sociedade civil, de instituições científicas e de entidades do setor empresarial. O grupo se reunirá trimestralmente.
Objetivos

Entre os princípios e objetivos detalhados pelo decreto presidencial para o PNCiber está o desenvolvimento de mecanismos de regulação, fiscalização e controle para aprimorar a segurança e a resiliência cibernéticas nacionais; e a promoção ao desenvolvimento de produtos, serviços e tecnologias de caráter nacional, destinados à cibersegurança.

É também objetivo da política garantir a confidencialidade, a integridade, a autenticidade e a disponibilidade das soluções e dos dados utilizados para o processamento, o armazenamento e a transmissão eletrônica ou digital de informações; bem como fortalecer a atuação diligente no ciberespaço, especialmente das crianças, dos adolescentes e dos idosos, e desenvolver a educação e a capacitação técnico-profissional em segurança cibernética na sociedade.

Outros objetivos previstos são o de fomentar as atividades de pesquisa científica, de desenvolvimento tecnológico e de inovação, relacionadas à área; e o de incrementar a atuação coordenada e o intercâmbio de informações de segurança cibernética entre os Três Poderes, bem como entre entes da federação, setor privado e sociedade. *Com informações da Agência Brasil.

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