Apresentada como a revolução para a produtividade no mercado corporativo, a inteligência artificial (IA) passou de tendência para realidade em cerca de um ano. A CI&T também acredita nessa capacidade de aumentar potencialmente a eficiência dos negócios, servindo como a “chave para desbloquear a vantagem competitiva”, mas destaca a necessidade de manter os pés no chão na hora de por a mão na massa. Esse foi o tema da palestra da companhia durante a Conferência Gartner Data & Analytics realizada nesta quarta-feira (27/3), em São Paulo.
Intitulada “Convergência Humana, IA e Eficiência de Negócios para CDAOs e líderes de D&A”, a apresentação mostrou o que a adoção de IA pode trazer em uma empresa e como aplicá-la de modo que se aproveite de todo o potencial. Gabriel Marostegam, líder de Dados e IA na CI&T, começou mostrando a capacidade da IA em trazer resultados aos seus clientes rapidamente.
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Sem citar o nome da empresa, ele disse que um cliente do agronegócio conseguiu economizar 65% de seu custo com nuvem seguindo três passos estabelecidos pela CI&T. O primeiro deles, “Encontrando atalhos”, mapeia os problemas de negócio e traça uma jornada para encontrar onde a empresa quer chegar, priorizando estratégias.
O passo seguinte é a “Antecipação de resultados”, onde há a aplicação mais direta de metodologias e tecnologia. É aqui que entra a governança de dados e a arquitetura de desenvolvimento para a implementação de IA. Nessa etapa, Gabriel comenta que é possível ter dois anos de progresso em 70 dias.
Por último, vem “Escalabilidade”, que é quando a tecnologia já começa a ser usada pelos departamentos da empresa e produz seus resultados, com uso de banco de dados, automação de processos, geração de insights, etc. Foi ao chegar nesse ponto que o cliente do agro começou a ter seu retorno sobre o investimento, com a redução dos custos de nuvem.
Cinco conceitos para aplicação de IA
Além dos passos, a CI&T também tem uma filosofia para a transformação digital que usa em suas equipes, eventualmente, os leva para seus clientes. Gabriel explica que eles acabam servindo de princípios para se trabalhar com a IA e até estabelecer uma estratégia. Ele chama esses conceitos de “cinco elementos essenciais da Influência Amplificada” – onde a expressão Influência Amplificada se refere a algo além dos resultados, englobando os impactos em inovação e aspectos sociais do uso da tecnologia e como ela promove o potencial humano.
Os cinco elementos são:
- Vanguarda da Revolução: Mais do que usar a tecnologia, a intenção é se comprometer a algo que traga um “impacto que transcende os limites da nossa sociedade”.
- Catalisador de mudança: Implementar uma cultura que valoriza a inovação, a capacidade de se adaptar e a colaboração, palavras que são elementos-chave parar atingir a revolução citada acima.
- Coragem de reimaginar o possível: Desafiar o que já está estabelecido e arriscar, que seria o primeiro passo para descobrir novos horizontes.
- Orquestrando a convergência: A competência de combinas as capacidades humanas com a IA para destravar novas oportunidades.
- Responsabilidade e letramento: Compromisso ético no uso dos dados e da inteligência artificial para garantir que haja um futuro onde as qualidades humanas sejam valorizadas e ampliadas.
Impacto no trabalho
A filosofia apresentada pelo executivo não é apenas da boca para a fora. Essa visão da tecnologia guia a CI&T e está dentro da plataforma de IA que a companhia desenvolveu para ajudar seus colaboradores a aumentar sua eficiência. Chamada de Flow, essa plataforma é utilizada pela equipe da CI&T como assistente no desenvolvimento de códigos e no design de interfaces de soluções, por exemplo.
Com ela, Gabriel aponta que foi possível aumentar a eficiência dos colaboradores em 30%. A meta agora é aumentar o uso de IA nos processos, não para que substitua humanos, mas para que guie o trabalho e os ajude a atingir os elementos citados por ele.
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