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Para especialistas, uso de tecnologias livres é caminho sem volta

Corinto Meffe, do Ministério do Planejamento, é a favor da definição de políticas públicas para o software livre por se tratar de um bem estratégico para o desenvolvimento econômico.

Software livre deve gerar economia de R$ 500 mi ao Brasil
 
A 7ª Conferência Latino-Americana de Software Livre (Latinoware 2010), que reuniu nos últimos três dias, em Foz do Iguaçu (PR), cerca de 3 mil participantes de 20 países, termina nesta sexta-feira (12) com o consenso de que o uso de softwares livres é um caminho sem volta. Para os especialistas, esse tipo de tecnologia é uma ferramenta para transformar a sociedade e integrar os povos.
 
“Primeiro, tínhamos que dotar questões relativas a expandir a rede. Tínhamos 3 milhões de brasileiros sem acesso à energia elétrica. Agora a orientação é para o processo de expansão do uso de computadores e internet em todos os recantos do Brasil. Teremos muito trabalho pela frente rumo à universalização”, afirmou Jorge Samek, diretor-geral brasileiro da Itaipu. Atualmente 43 milhões de brasileiros têm acesso à internet.
 
Nos três dias de evento, especialistas em programas de código aberto, estudantes e representantes de órgãos públicos e privados de diferentes países tiveram em comum nos discursos a exaltação ao software livre. Robótica livre, acessibilidade e mobilidade, modelos de negócios, entre outras tendências mundiais em open source foram debatidas.
 
Técnicos de diversos órgãos do governo garantiram a preocupação em oferecer softwares gratuitos como um direito da sociedade. Segundo Corinto Meffe, que participou do evento representando o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, o Estado deve criar ferramentas, baseado em leis, decretos e contratos de licenças, para oferecer programas de software público para melhorar a vida das pessoas.
 
“É preciso mudar a forma de se fazer negócios. Somos um grande apresentador de soluções e grandes interpretadores”, enfatizou, acrescentando que o software é também uma ferramenta poderosa de geração de emprego e renda.
 
Meffe defende a importância da definição de políticas públicas para o software livre por se tratar de um bem estratégico e importante para o desenvolvimento econômico e para melhorar a sociedade. “A ideia é ofertar essas ferramentas o mais rápido possível. O software é um tipo de bem que se você acelera, gera oportunidades”.
 
A Latinoware 2010 foi promovida pela Itaipu Binacional, Companhia de Informática do Paraná (Celepar) e Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
 
* com informações da Agência Brasil
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