e-commerce

Pequenas empresas faturam apenas 20% das receitas de e-commerce

No entanto, são 98% do comércio formal do País.

Do total de receitas do comércio eletrônico brasileiro, apenas 20% correspondem ao obtido por micro e pequenas empresas, segundo dados divulgados nesta terça-feira (31) pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net). Apesar de representarem 98% dos negócios formais no país, elas responderam por menos de um quinto dos R$ 14,8 bilhões gerados pelo setor em 2010.

Para ajudar micro e pequenos empresários a vender pela internet, a camara-e.net está promovendo o Ciclo MPE.net, evento sobre economia digital patrocinado pelo Sebrae desde 2003. “A proposta do ciclo é contribuir para a inclusão digital dos micro e pequenos negócios”, diz o gerente de acesso a mercados e serviços financeiros do Sebrae, Paulo Alvim. “A presença dessas empresas no mercado digital, como fornecedores ou compradores, é estratégica. Além de abrir novos mercados, pode contribuir para melhorar a competitividade.”

Os encontros orientam e capacitam micro e pequenos empresários para as diversas formas de participação na economia digital. Desde 2003, mais de 40 mil empresários participaram das palestras.

Este ano serão realizadas palestras em 20 cidades. Na terça-feira (31), o evento será no Rio de Janeiro, onde estarão presentes palestrantes do Sebrae, dos Correios, da PagSeguro, do Peixe Urbano, entre outros. A expectativa é que cerca de 5 mil empreendedores participem dos encontros até o fim do ano. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site do evento.

“Geralmente a micro e pequena empresa atende um bairro ou cidade. Vendendo pela internet, passa a abranger um público maior”, diz o consultor da Câmara, Gerson Rolim. “No Brasil, são 27 milhões de consumidores que compram pela internet. Mas a entrada na rede é uma decisão mais estratégica que financeira.”

Segundo Gerson, os donos de pequenos negócios devem se especializar em nichos, já que na internet estarão competindo com empresas de médio e grande porte. “A internet permite comparar preços e geralmente as grandes conseguem negociar valores mais baixos. É difícil competir com o grande varejista. Para a micro e pequena empresa, o melhor é se especializar, focar em um determinado produto”, diz.

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