Se, por um lado, a pandemia trouxe muita instabilidade para o mercado de trabalho, por outro, o isolamento social exigiu que as empresas acelerassem seus processos de segurança digital, aumentando a demanda por investimento em profissionais do setor de TI. Segundo pesquisa encomendada à Toluna pela Akamai, com mais de 400 empresas/tomadores de decisão, 46% das empresas entrevistadas investiram fortemente no setor de TI nos últimos meses.
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Para Claudio Baumann, diretor geral da Akamai na América Latina, a tecnologia se tornou um investimento essencial dentro das empresas, principalmente para a segurança online. “O setor de tecnologia se mostrou indispensável para a continuidade dos negócios de praticamente todas as empresas. Por isso, a área de TI está em plena expansão, exigindo cada vez mais que funcionários e líderes saibam dos riscos a que estão expostos na era digital e procurem medidas efetivas para se blindar de possíveis ataques cibernéticos”, explicou.
Por essa razão muitas organizações estão alavancando seus investimentos tecnológicos, ainda segundo a pesquisa da Akamai, 54% das empresas revisaram os protocolos de segurança e adotaram novas medidas para aumentar a segurança online em suas organizações. Ainda assim, daquelas que ainda não estão protegidas, 23% pretendem aumentar o orçamento para essa área o quanto antes, o que demonstra um possível aquecimento para o setor.
Crescimento dos ataques cibernéticos
“A maior parte desses investimentos no setor de TI das instituições tem crescido por conta do foco em segurança digital que ganhou espaço nos últimos dois anos” explica Baumann. “A Akamai projeta um crescimento de mais de 1400% dos ataques cibernéticos de Roubo de Credenciais (em inglês, Credential Abuse) com alvo em território brasileiro. Os números são alarmantes, em 2019 o Brasil foi alvo de 238 milhões ataques, já em 2021 a projeção é de que esse número alcance a marca de 3.7 bilhões, ou seja, o que mais chama atenção é que esse crescimento de mais de 1400% ocorreu em apenas dois anos”.
Esse aumento da atividade dos hackers durante a pandemia está relacionado, também, à implementação do trabalho remoto. O home-office deixou as empresas mais vulneráveis, com seus colaboradores muitas vezes navegando em redes domésticas e acessando conteúdos online sem qualquer supervisão, podendo comprometer seus dispositivos e informações sensíveis da companhia.
“O home office acelerou a necessidade de se investir em tecnologia e proteção de dados online para qualquer companhia do mundo, e mesmo para quem voltar total ou parcialmente ao modelo presencial, essa preocupação com a segurança dos dados não deve ser afrouxada. Pelo contrário, os ataques estão cada vez mais sofisticados e mudam a todo momento, para se proteger é preciso seguir com medidas robustas de cibersegurança”, finaliza Claudio Baumann.
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