
De acordo com pesquisa da Deloitte, realizada com 1 mil executivos de 662 empresas que atuam no Brasil, 96% das empresas se dizem preparadas e com infraestrutura para o acesso remoto atualmente. Antes da pandemia de covid-19, pouco mais da metade (53%) se consideravam neste patamar. O total de empresas que utilizavam teletrabalho ou condições flexíveis antes era de 24%; agora, as que adotaram ou pretendem adotar até junho totalizam 98%.
Balanço registra 52% dos servidores públicos em trabalho remoto
Os gestores também passaram a se preocupar mais com o gerenciamento das informações da organização, requerendo mecanismos de acompanhamento e controle. Com isso, o desenvolvimento de dashboard de dados e alertas para executivos passou a ser considerado por 83% das companhias, ante 46% no período pré-crise. Já o total de empresas que adotaram ou ainda pretendem adotar no curto prazo avaliações de segurança e privacidade de dados passou de 65% para 87%.
Sobre os reflexos nos negócios ao longo desses primeiros 100 dias da crise, 67% dos respondentes esperam redução das receitas e vendas, enquanto 68% preveem diminuir custos e despesas. Embora 56% acreditem que poderá haver problemas de inadimplência dos clientes, 65% indicam intenção de manter o seu quadro de funcionários
Os setores de TI e telecom são os únicos que aparecem com aumento do volume de serviços no período, enquanto turismo, hotelaria e lazer, junto com o de veículos e de autopeças, são os que se destacam com reduções mais fortes das receitas.
A parcela mais otimista dos entrevistados (17%) acredita que a recuperação dos seus negócios poderá acontecer até o final do 1º semestre deste ano. Porém, a maior parcela (74%) acredita que a recuperação de seu negócio virá entre 6 e 18 meses após o final do período de confinamento. Entre os entrevistados de setores que apostam numa retomada mais rápida, no período de 6 meses, estão os de TI e telecom, agronegócio, alimentos e bebidas, entre outros.
Entre as preocupações mais apontadas pelos participantes estão: necessidade de mudança do modelo de trabalho e da cultura organizacional (60%), necessidade de revisão no processo operacional (42%), nível de endividamento da empresa (41%), acompanhamento de novas tendências de consumo (41%), mais investimentos em tecnologia e conectividade (40%), perda de participação de mercado (33%), surgimento de novos produtos e serviços disruptivos (29%) e expansão da multicanalidade de vendas (27%).
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