Segundo o professor de marketing digital, André Miceli, o resultado pode ser péssimo para o ambiente digital, tendo em vista o recente desaquecimento dos investimentos em infraestrutura de acesso à internet
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“Nesse formato, teremos menos concorrência e menos possibilidade de evolução. A tendência é que os serviços piorem para os consumidores, e os distribuidores de conteúdo vão perder em performance”, ressalta André Miceli.
O professor da FGV explica que, com os servidores de internet ainda considerados de utilidade pública, não podia acontecer priorização desses pacotes. “Agora vai poder. Isso significa que, se você enviar dados no mesmo momento ou em uma rede que está lotada e tiver concorrendo com a Netflix, por exemplo, esta terá prioridade sobre o seu pacote porque ela deve ter um acordo diferenciado com esses provedores”, relata o especialista.
André Miceli aponta ainda que nesse novo formato, teremos menos concorrência e menos possibilidade de evolução. “A tendência é que os serviços piorem para os consumidores, e os distribuidores de conteúdo vão perder em performance”, analisa e completa: “Isso pode ser um tiro no pé dos próprios desenvolvedores de conteúdo. É um desequilíbrio sistêmico bastante significativo.”