
Há pouco mais de um ano, a cidade de Campinas (SP) iniciou um projeto-piloto de desenvolvimento e integração de tecnologias visando resolver problemas de segurança do cidadão, utilizando tecnologias de câmeras, reconhecimento facial, sensores, entre outras soluções (confira as matérias nos links abaixo). A expectativa agora é o recebimento de R$ 2,7 milhões do BNDES para aumentar o escopo do projeto e poder tirar dados do impacto da tecnologia no dia a dia dos cidadãos.
A evolução do projeto-piloto de reconhecimento facial nas ruas de Campinas
Programa de segurança pública de Campinas aborda inovação para Defesa Civil
“A intenção do BNDES é entender os casos de uso desenvolvidos em Campinas para poder replicá-los em outras cidades”, diz Maurício Francisco Casotti, diretor de Inovação em Cidades Inteligentes do CPQD, uma das 16 empresas envolvidas no piloto campineiro. De acordo com ele, o aporte, anunciado em dezembro passado, deve vir após a assinatura de termos de compromisso por oito dos principais parceiros envolvidos no projeto. O valor vai cobrir toda a expansão da iniciativa, já que todos os fornecedores estão repassando serviços e produtos a preço de custo.
Com os R$ 2,7 milhões, a intenção é aumentar o número de equipamentos, bem como financiar a integração de tecnologias. “Prevemos implementar mais 90 estações meteorológicas, totalizando 100, para medir microclimas em raio de até dois quilômetros”, explica Casotti. Dessa forma, será possível utilizar os dados desta infraestrutura e de sensores de nível de córregos e rios – que foram implementados também no ano passado – para acelerar a tomada de decisão da Defesa Civil em casos de emergência, como enchentes.
Ainda segundo ele, há um desenvolvimento de solução, entre CPQD e Qualcomm, criar um hardware capaz de processar dados em equipamentos conectados, permitindo o edge computing (computação de borda). É o caso de câmeras para reconhecimento de placas, que conseguem encontrar placas de carros roubados de acordo com as que foram inseridas em sua memória.
Assim, elas não precisam mandar todas as placas que capturam para um servidor, onde seriam processadas, acelerando o processo. “A solução é ideal para lugares com conectividade reduzida, como estradas de terra”, diz o diretor. Em Campinas, a solução tem sido testada na rua em frente ao CPQD e deve começar testes em outros locais.
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