Lee Jae-yong é acusado de pagar US$ 36,42 milhões como propina para amiga da presidente afastada da Coreia do Sul.
A procuradoria da Coreia do Sul anunciou nesta segunda-feira (16/1) um pedido de prisão do vice-presidente da Samsung, Lee Jae-yong, por suspeita de suborno e peculato no escândalo de corrupção que levou ao afastamento da presidente do país, Park Geun-hye. O pedido deve ser analisado pela Justiça sul-coreana na próxima quarta-feira (18/1), segundo a agência de notícias Reuters.
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O executivo é acusado de pagar US$ 36,42 milhões como propina para organizações ligadas a Choi Soon-sil, amiga íntima da presidente, para assegurar a fusão de duas unidades do conglomerado (Samsung C&T e Cheil Industries), em 2015.
Lee Jae-yong foi interrogado durante 22 horas entre quinta e sexta-feira da semana passada, quando afirmou que Park Geun-hye pressionou a Samsung para que doasse dinheiro às fundações envolvidas no caso.
Os investigadores acreditam que o grupo Samsung assinou um contrato no valor de US$ 18,3 milhões com uma empresa de Choi Soon-sil, além de doar US$ 16,3 milhões para duas fundações operadas pela amiga da presidente afastada. A empresa se defende e diz que o dinheiro estava destinado para promover a cultura e o esporte.
A Samsung negou a acusação de que Lee teria pago propinas. “É difícil compreender a decisão da promotoria especial”, respondeu a empresa por e-mail à Reuters.